Dividendos: Petrobras (PETR4) segura a coroa e se destaca como favorita entre 15 analistas para setembro

Levantamento do Money Times leva em consideração as carteiras de dividendos de 15 instituições. (Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil/Flickr)

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A Petrobras (PETR4) mantém a posição de ação favorita dos analistas para embolsar dividendos. A companhia recebeu 11 indicações em setembro, de 15 carteiras recomendadas consultadas pelo Money Times.

O BTG Pactual identifica uma assimetria favorável para a tese, embora o sentimento em relação ao setor de commodities siga negativo e a percepção sobre a estatal tenha se deteriorado.

“Vemos uma relação de risco/retorno atraente para os próximos 12 a 18 meses, embora reconheçamos a ausência de catalisadores de curto prazo e o potencial de anúncios de fusões e aquisições (notadamente em etanol) impactarem o ativo”, dizem os analistas.

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O banco espera que a produção da Petrobras caminhe para o limite superior do guidance. Eles também esperam redução do capex de 2026, já que as premissas atuais implicam um brent a US$ 83 por barril –o que sustenta um fluxo de caixa livre “atrativo”, com rendimento de dividendos anual de 10% a 11%.

O Santander, por sua vez, projeta um dividend yield médio de aproximadamente 8,6%.

Apesar da visão mais cautelosa para o curto e médio prazo, em razão de uma situação financeira “apertada”, os analistas seguem com uma perspectiva construtiva para a companhia no longo prazo. Isso porque o valuation continua em nível descontado.

O banco vê dois catalisadores principais para a Petrobras no próximo ano: discussões sobre as eleições presidenciais de 2026 no Brasil, que podem levar a outro programa de desinvestimento no futuro; e licença para perfuração na Margem Equatorial, que pode ser concedida em 2025.

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Vivo na cola

Em segundo lugar no pódio das queridinhas para buscar dividendos, está a Vivo (VIVT3). A companhia recebeu oito indicações para o mês de setembro.

O Safra acredita na continuidade do bom momento de resultados para a Telefônica Brasil em 2025, com um ambiente competitivo favorável.

Além disso, os ganhos potenciais da transição do regime de concessão para um de autorização destravaria valores consideráveis para a companhia.

Os analistas veem ainda uma boa perspectiva de pagamento de dividendos e um valuation “bastante atrativo”.

Itaú e Itaúsa dividem o bronze

O Itaú Unibanco (ITUB4) e a Itaúsa (ITSA4) dividem o terceiro lugar no pódio para setembro, com sete recomendações cada.

A Empiricus Research afirma que o Itaú é o melhor entre os bancões, com resultados e balanço sólido para atravessar uma eventual crise, em meio a um cenário desafiador.

Os analistas afirmam que a companhia negocia com um bom desconto frente à média histórica, tanto em termos de preço/lucros, como também em termos de preço/valor patrimonial — “o que para nós significa um bom ponto de entrada.”

Além disso, eles destacam que o Itaú paga proventos mensalmente aos acionistas e faz distribuições complementares, quando oportuno.

Já em relação à Itaúsa, a Terra Investimentos diz que se trata de uma oportunidade de investimento, devido ao desconto excessivo das ações.

A promessa de aumento dos dividendos reflete o compromisso com o retorno aos acionistas, após operações geradoras de caixa retomarem força.

“A reputação e histórico de sucesso da Itaúsa fortalecem a confiança dos investidores. Itaúsa oferece uma oportunidade atraente de valorização do capital e retorno consistente no longo prazo.”

Levantamento do Money Times

Veja a lista completa de ações indicadas:

Levantamento

O levantamento do Money Times levou em consideração as informações das carteiras de dividendos divulgadas por 15 instituições. Para setembro, foram indicadas 41 ações, somando 124 recomendações.

Participaram do levantamento Ágora Investimentos, Andbank, Ativa Investimentos, BB Investimentos, BTG Pactual, Daycoval, Empiricus Research, Genial Investimentos, Itaú BBA, Planner, Rico, Terra Investimentos, Toro Investimentos, Safra e XP Investimentos.