Música

Do Spotify à vitrola: como o vinil resiste à era digital

27 set 2025, 11:57 - atualizado em 25 set 2025, 15:36
De Taylor Swift a Lady Gaga, o vinil mostra que a escassez planejada e o apelo da nostalgia transformaram o LP em ativo bilionário
Imagem: Canva Pro

O streaming domina a indústria da música. Plataformas como Spotify e Apple Music concentram a maior parte das receitas, oferecendo acesso instantâneo a milhões de faixas por um valor baixo. Mas, em meio a essa transformação digital, o vinil segue desafiando as estatísticas.

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Segundo a Recording Industry Association of America (RIAA), os LPs já respondem por mais de três quartos das receitas físicas do mercado de música nos Estados Unidos em 2025, movimentando cerca de US$ 1,4 bilhão por ano apenas no país. 

No cenário global, estimativas indicam que o mercado deve atingir US$ 2,4 bilhões em 2025.

É um feito notável para um formato que, nos anos 1990, parecia condenado ao esquecimento diante da ascensão dos CDs e, depois, dos arquivos digitais.

Taylor Swift, Lady Gaga e o poder da escassez

Para muitos, pagar R$ 200 em um LP faz sentido. O vinil não entrega apenas música, mas experiência. Do gesto de tirar o disco da capa até o momento de posicionar a agulha, ouvir um LP envolve ritual.

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A capa grande, as edições coloridas e os encartes detalhados transformam o consumo em algo tátil e visual — qualidades que o streaming não oferece.

O vinil também ganhou força com a lógica da exclusividade. Gravadoras e artistas exploram edições limitadas, numeradas e coloridas, que se esgotam em poucas horas e voltam ao mercado secundário a preços mais altos.

Um levantamento da Marketing Interactive em 2025 mostra que unir nostalgia à escassez planejada é uma das estratégias mais eficazes para elevar valor percebido e engajamento.

Na prática, os exemplos confirmam a teoria.

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  • Em 2024, Taylor Swift lançou múltiplas versões limitadas de The Tortured Poets Department e vendeu mais de 850 mil cópias em vinil nos EUA na primeira semana.

  • Já em 2025, Lady Gaga colocou Mayhem no topo das paradas físicas com tiragens especiais que somaram 74 mil LPs em sete dias.

Nostalgia em tempos digitais

Além da exclusividade, pesa o fator emocional. Em meio ao excesso digital, a nostalgia se tornou um produto valioso.

Comprar um vinil dos Beatles, da Rita Lee ou de artistas atuais em edições retrô é, para muitos, uma forma de reviver memórias ou criar um passado simbólico.

Relatórios globais confirmam: a nostalgia está entre os grandes motores de consumo em 2025.

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Jornalista com especialização em Gestão de Mídias Digitais. Atua como repórter nos portais de notícias Money Times e Seu Dinheiro.
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