Dólar

Dólar ganha força com política monetária em foco e sobe a R$ 5,35

01 dez 2025, 17:05 - atualizado em 01 dez 2025, 17:26
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(Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

O dólar iniciou a semana e o mês ganhando força ante moedas emergentes, com ajustes técnicos. No exterior, o câmbio foi pressionado pela política monetária, em meio à expectativa de corte nos juros dos Estados Unidos e sinais de aumento das taxas no Japão. 

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Nesta segunda-feira (1º), o dólar à vista (USDBRL) encerrou a sessão a R$ 5,3593, com alta de 0,46%. 



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O movimento destoou da tendência externa. Por volta das 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, operava com baixa de 0,05%, aos 99.402 pontos.

O que mexeu com o dólar hoje?

O dólar ganhou força ante o real, em um movimento de ajuste e realização dos lucros com divisas emergentes – em meio a alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos (os Treasuries) e à perspectiva de aumento da taxa de juros no Japão.

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Por aqui, os investidores concentraram as atenções em novas declarações do presidente do  Banco CentralGabriel Galípolo.

Em evento promovido pela XP, em São Paulo, Galípolo manteve o recado firme: a taxa Selic deve permanecer em 15% ao ano enquanto não houver sinais claros de melhora no cenário inflacionário.

Ele reforçou que não há mudanças em relação à sua declaração da última quinta-feira (27), quando afirmou que a política monetária vem surtindo efeito no cenário macroeconômico, mas de forma mais lenta do que o desejado.

Segundo o presidente do BC, não há fatores novos que possam alterar a perspectiva de manutenção da taxa básica de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para quarta-feira (10). “A política monetária deve seguir restritiva pelo tempo que for necessário para controlar a inflação”, afirmou.

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No exterior, o mercado ficou à espera do discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA), Jerome Powell. Os investidores buscam pistas para a trajetória dos juros norte-americanos, embora o período de silêncio do Fed tenha começado neste sábado (29) e a reunião do Fomc acontece entre os dias 9 e 10 de dezembro.

Nos últimos dias, declarações dissonantes de diretores do Fed elevaram as apostas de um novo corte os juros na próxima decisão do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) em dezembro. Hoje, a ferramenta FedWatch, do CME Group, mostra 85,4% de chance de o Fed reduzir nos juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano.

Já a probabilidade de manutenção dos juros teve uma leve alta de 13,6% (da última sexta-feira) para 14,6% hoje.

Além disso, a perspectiva de um aumento dos juros no Japão pressionou o dólar. Durante a sessão, o iene subiu 0,4% e e atingiu a máxima da sessão, de 155,49 por dólar, após os comentários de Ueda. Também em reação, o DXY, que compara a moeda norte-americana com uma cesta de seis divisas fortes, entre elas o iene, bateu mínima a 99,009 pontos (-0,45%).  

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O movimento teve a política monetária como pano de fundo. Mais cedo, o presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Kazuo Ueda, disse que considerará “os prós e contras” de aumentar a taxa de juros na próxima decisão, em dezembro.  

“Examinaremos e discutiremos os acontecimentos econômicos e de preços no país e no exterior, bem como os movimentos do mercado e consideraremos os prós e contras de aumentar a taxa de juros”, disse Ueda em discurso para líderes empresariais na cidade de Nagoya.  

“O Banco do Japão está no estágio em que deve examinar se o comportamento ativo de definição de salários pelas empresas continuará”, o que é fundamental para saber quando aumentará a taxa de juros, acrescentou o presidente do BoJ.  

Após os comentários, o mercado passou a precificar cerca de 80% de chance do BC japonês elevar os juros na próxima reunião – prevista para os dias 18 e 19. Na semana passada, a probabilidade era de 60%.  

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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