Dólar

Dólar sobe a R$ 5,46 com nova pesquisa eleitoral e enfraquecimento das apostas de corte na Selic em janeiro

16 dez 2025, 17:01 - atualizado em 16 dez 2025, 17:11
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(Imagem: Pexels)

O dólar manteve o ritmo de ganhos ante o real com falta de consenso sobre o início do ciclo de afrouxamento monetário no Brasil, cenário eleitoral e novos dados nos Estados Unidos. 

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Nesta terça-feira (16), o dólar à vista (USDBRL) encerrou a sessão a R$ 5,4630, com alta de 0,76%. 



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O movimento destoou da tendência externa. Por volta das 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, caía 0,16%, aos 98.145 pontos.

O que mexeu com o dólar hoje?

O dólar teve mais um dia de ganhos com a política monetária no foco das atenções.

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Na ata divulgada pela manhã, o Comitê de Política Monetária (Copom) reconheceu os avanços decorrentes da atual condução da política monetária, mas reiterou a manutenção da Selic em um patamar significativamente contracionista.

No exterior, o dólar perdeu força com dados mistos. Os Estados Unidos criaram 64.000 vagas em novembro, em dados ajustados sazonalmente no mês, superando a estimativa do mercado de 45 mil e representando uma melhora em relação à forte queda registrada em outubro.

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A taxa de desemprego subiu para 4,6%, mais do que o esperado e o nível mais alto desde setembro de 2021. Uma medida mais abrangente, que inclui trabalhadores desalentados e aqueles que têm empregos de meio período, aumentou para 8,7%, atingindo seu pico em agosto de 2021.

Além do relatório de novembro, o BLS divulgou uma contagem abreviada de outubro que mostrou uma queda de 105.000 vagas de emprego. Embora não houvesse uma estimativa oficial, os economistas de Wall Street esperavam amplamente um declínio após o aumento inesperado de 108.000 vagas em setembro.

“O dado de emprego da economia norte-americana, referente a outubro e novembro, mostra que a decisão do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) em cortar juros na reunião de dezembro foi adequada, com os sinais de fragilidade persistindo e até mesmo piorando na margem, com a taxa de desemprego alcançando o maior valor desde setembro de 2021, aumentando as chances de o Fed cortar novamente em janeiro”, avaliou André Valério, economista sênior do Inter. 

Ele afirma que o  Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) deve realizar um novo corte nos juros em janeiro, “dada a maior sensibilidade do Fomc ao mandato de emprego e o relatório de dezembro indicar continuidade da atual tendência”.

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Perto do fechamento, o mercado precificava 75,6% de chance de o Fed manter os juros inalterados na faixa de 3,50% a 3,75% ao ano na primeira decisão de 2026. A probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual era de 24,4%.

O mercado ainda seguiu atento às movimentações para a escolha de um novo presidente do Fed, com o fim do mandato de Jerome Powell em maio.

Hoje, o conselheiro econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, um dos principais candidatos do presidente dos EUA, Donald Trump, para liderar o Fed, afirmou que a independência do BC é “muito importante”.

O comentário foi feito em um contexto de preocupações de que Hassett, que pode substituir Jerome Powell como chair do Fed, possa ser muito próximo de Trump.

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“A independência do Federal Reserve é realmente muito importante”, disse Hassett em entrevista à CNBC, acrescentando que há bastante espaço para redução das taxas de juros na economia norte-americana, algo que Trump vem defendendo desde que reassumiu o cargo.

*Com informações de CNBC

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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