Dólar

Dólar sobe a R$ 5,43 com geopolítica em foco

18 ago 2025, 17:07 - atualizado em 18 ago 2025, 17:13
Dólar, Banco Central, Leilão, Mercados câmbio
O dólar à vista encerrou a sessão em alta com os investidores acompanhando as negociações de paz entre Rússia e Ucrânia por intermédio dos EUA (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

O dólar começou a semana em valorização ante moedas globais e emergentes com as movimentações geopolíticas em foco.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nesta segunda-feira (18), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,4344, com alta de 0,67%. 



O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, subia 0,26%, aos 98.111 pontos.

  • LEIA MAIS: Comunidade de investidores Money Times reúne tudo o que você precisa saber sobre o mercado; cadastre-se

O que mexeu com o dólar hoje?

As questões geopolíticas ditaram o movimento do câmbio nesta segunda-feira (18).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nesta segunda-feira (18), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniu com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Washington. Líderes europeus, incluindo de Alemanha, França e Reino Unido, também participaram do encontro.

Trump afirmou que que é possível chegar a um acordo de paz para a guerra na Ucrânia. “Em uma ou duas semanas descobriremos se solucionamos a guerra na Ucrânia”, disse o chefe da Casa Branca a repórteres.

As reuniões aconteceram logo após a cúpula entre Trump e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na última sexta-feira (15).

No cenário doméstico, os investidores também reagiram a dados econômicos e declarações de integrantes do governo e do Banco Central.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Entre os dados, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou recuo de 0,1% em junho na comparação com o mês anterior, mas terminou o segundo trimestre com leve crescimento de 0,3%, segundo dados dessazonalizados divulgados pelo Banco Central.

A expectativa em pesquisa da Reuters para o resultado de junho era de ganho de 0,05%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 1,4%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um ganho de 3,9%, de acordo com números não dessazonalizados.

Na avaliação do UBS BB, o IBC-Br já opera abaixo do potencial de crescimento. Isso, segundo o banco, está atrelado aos recuos de agropecuária (-2,3%) e da indústria (-0,1%), enquanto os serviços ainda apresentam um crescimento “modesto” de 0,1%.

Em evento promovido pela Warren Investimentos, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, disse que a autarquia optou por “continuar a interrupção” do ciclo de aperto monetário porque ainda está avaliando se o patamar de 15% da Selic é apropriado para levar a inflação à meta.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Na última reunião, a gente quis continuar a interrupção (do ciclo de aperto monetário). Ou seja, a gente ainda está avaliando se essa é a taxa de juros apropriada para levar a inflação para a meta”, disse. “Uma vez determinada essa taxa de juros, ela vai ficar parada por um período bastante prolongado.”

Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a negociação tarifária entre Brasil e Estados Unidos não ocorre porque o país norte-americano quer impor aos brasileiros uma solução “constitucionalmente impossível”, em evento promovido pela Times Brasil CNBC e o Financial Times nesta segunda-feira (18).

Ao mesmo tempo, o chefe da pasta econômica disse “não acreditar” que o impasse com os EUA durará um ou dois anos, quando foi questionado se a economia brasileira resistiria a esse período de tarifas elevadas.

“Eu não acredito que isso vai acontecer, em primeiro lugar. Em segundo lugar, hoje o comércio com os Estados Unidos representa metade do que representava no começo do século”, afirmou. “E pelo andar dos acontecimentos, eu acredito, infelizmente, que o comércio bilateral vai cair ainda mais.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

*Com informações de Reuters

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar