Dólar

Dólar recua a R$ 5,37 com expectativa de acordo entre EUA e China e corte nos juros pelo Fed

27 out 2025, 17:02 - atualizado em 27 out 2025, 17:17
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(Imagem: Nelson_A_Ishikawa/Getty Images)

O dólar começou a semana em tom negativo ante moedas fortes e emergentes, com o alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, expectativas de corte nos juros norte-americanos e valorização das commodities metálicas. 

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Nesta segunda-feira (27), o dólar à vista (USDBRL) encerrou a sessão a R$ 5,3703, com queda de 0,41%. 



O movimento acompanhou a tendência externa. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, operava com recuo de 0,15%, aos 98,805 pontos.

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O que mexeu com o dólar hoje?

A expectativa de um acordo entre os Estados Unidos e a China aumentaram o apetite ao risco dos investidores — e, consequentemente, reduziram a busca por ativos de segurança, como o dólar.

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Neste fim de semana, os EUA eliminaram a ameaça das tarifas de 100% sobre as importações chinesas a partir de 1º de novembro.

O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, disse que espera que a China adie a implementação de seu regime de licenciamento de minerais de terras raras e ímãs por um ano, enquanto a política é reconsiderada.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o país norte-americano e a China estão prontos para alcançar um acordo comercial, já que ele deve se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, até o final desta semana na Coreia do Sul.

O mercado também continuou a precificar novos cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos, após dados recentes de inflação.

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A reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) — equivalente ao Comitê de Política Monetária (Copom) brasileiro — começa amanhã (28) e a decisão será divulgada na quarta-feira (29), acompanhada da entrevista coletiva como presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.

De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, os agentes financeiros veem 97,8% de chance de o Fed reduzir os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4,00% ao ano. Na última sexta-feira (24), a probabilidade era de 96,2%.

No radar, a paralisação (shutdown) do governo dos Estados Unidos já é a segunda mais longa da história, com 27 dias, segue ainda sem perspectiva de acordo entre os democratas e os republicanos.

No Brasil, os investidores também reagiram ao encontro entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, realizado neste domingo (26), na Malásia.

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Em entrevista coletiva após a reunião, o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o governo norte-americano concordou com uma cronograma de negociações com o Brasil para chegar a um acordo sobre o tarifaço contra o Brasil, nas próximas semanas.

Além disso, os economistas consultados pelo Banco Central (BC) reduziram as projeções para inflação pela quinta semana consecutiva, de acordo com o Boletim Focus. 

A previsão do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou de 4,70% para 4,56% em 2025 — próximo ao intervalo de tolerância da meta perseguida pela autarquia, de 3% com margem de 1,5 ponto percentual.

Pela manhã, o Banco Central vendeu em duas operações simultâneas, US$ 1 bilhão no mercado à vista e 20.000 contratos de swap cambial reverso, também no valor de US$ 1 bilhão.

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As duas operações simultâneas — conhecidas como “casadão” — têm efeito nulo em termos de exposição cambial, já que o BC, numa ponta, vende dólares no mercado à vista e, em outra ponta, compra dólares no mercado futuro (por meio do swap reverso). Ao fazer isso, o BC melhora a liquidez no mercado à vista, sem influenciar as cotações.

*Com informações de Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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