Dólar

Dólar cai a R$ 5,56 com ‘recalibragem’ do IOF e negociações entre EUA-China

09 jun 2025, 17:07 - atualizado em 09 jun 2025, 18:09
dólar (1) banco central leilões
O dólar recuou pelo 3º dia consecutivo com medidas para compensar alta do IOF e negociações entre EUA e China (Imagem: REUTERS/Lee Jae-Won)

O dólar engatou a terceira queda consecutiva ante o real com os investidores acompanhando novidades sobre as negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China. As medidas apresentadas pelo governo para compensar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) também movimentaram o câmbio.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nesta segunda-feira (9), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5625, com queda de 0,13% ante o real, no menor nível desde 8 de outubro do ano passado, quando a divisa foi cotada a R$ 5,5334.



O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, caía 0,22%, aos 98,973 pontos.

  • LEIA MAIS: Comunidade de investidores Money Times reúne tudo o que você precisa saber sobre o mercado; cadastre-se

O que mexeu com o dólar hoje?

O dólar iniciou a sessão em alta ante o real. A moeda brasileira foi pressionada pela “recalibragem” do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), apresentada na noite do último domingo (9).

Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que chegou a um acordo com líderes do Congresso para “recalibrar” o decreto que aumentou o IOF no mês passado, ressaltando que a iniciativa será compensada por uma taxação de títulos atualmente isentos, com os LCIs e LCAs, e cobranças maiores sobre apostas online e instituições financeiras.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O governo deve apresentar a medida provisória (MP) ainda nesta semana. A expectativa é de que a MP seja divulgada nesta terça-feira (10).

Para a economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória, as medidas anunciadas por Haddad são “paliativas”. “Mais impostos vão cobrir o déficit em 2025 e parcialmente em 2026, mas não resolvem a trajetória que seguirá de deterioração sem reformas mais definitivas”, afirma.

Mas no final da tarde, a movimentação externa pesou sobre o câmbio. Os representantes comerciais dos Estados Unidos e da China se reuniram em Londres.

O presidente norte-americano, Donald Trump, disse que as conversas “estão indo bem”, mas que a China “não é fácil”, durante o evento o Invest America Roundtable. Ele ainda afirmou que terá mais informações sobre as tratativas em breve.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As negociações entre os dois países acontecem após uma conversa telefônica entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, na semana passada. No início de maio, os dois países concordaram em reduzir as tarifas recíprocas por 90 dias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.