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Dólar e petróleo, e não coronavírus, levam Gol a prejuízo de R$ 2,261 bilhões

04 maio 2020, 9:41 - atualizado em 04 maio 2020, 9:41
Gol GOLL4
Recorde desfigurado: Gol bateria recorde de lucros, mas o dólar alto atravessou o caminho (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A Gol (GOLL4) voava rumo a resultados recordes no início de 2020, mas foi uma série de obstáculos a tirou da rota. A empresa apresentou prejuízo líquido de R$ 2,261 bilhões no primeiro trimestre, revertendo o lucro líquido de R$ 35 milhões no mesmo período do ano passado.

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Embora a pandemia de coronavírus tenha pesado sobre os números e, portanto, seja citada no relatório de resultados, ela não foi o principal responsável pelo mau desempenho. O maior vilão foi a disparada do dólar.

A prova está na comparação das linhas do balanço. A receita líquida, de R$ 3,147 bilhões, foi apenas 2% menor que a do primeiro trimestre de 2019. A companhia recorda que as primeiras medidas para o combate à pandemia foram tomadas em 16 de março, com redução e cancelamento de voos.

A empresa também desenvolve, há vários trimestres, um forte programa de contenção de custos e despesas. Assim, os custos operacionais somaram R$ 2,122 bilhões, marcando uma queda de 21,5% na comparação.

Perdas financeiras

Assim, o resultado operacional da Gol, conhecido como ebit (lucro antes de impostos e taxas, na sigla em inglês), foi 102,6% maior, e somou R$ 1,025 bilhão.

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Foram as despesas financeiras que corroeram todos esses ganhos. O resultado financeiro, um déficit de R$ 3,243 bilhões, foi puxado pelo impacto negativo de R$ 2,531 bilhões das variações cambiais e monetárias, além de perdas de R$ 354 milhões com derivativos e de R$ 17,9 milhões com o hedge de petróleo.

A partir desta linha, o resultado antes de impostos já era um prejuízo de R$ 2,218 bilhões, ante lucro de R$ 105,1 milhões na comparação com igual intervalo de 2019.

Um sinal de que a parte operacional da companhia está saudável é a geração de caixa, medida pelo ebitda, que cresceu 51,3% e somou R$ 1,439 bilhão. Com isso, a margem de ebitda aumentou 16,1 pontos percentuais e encerrou março em 45,7%.

Veja o relatório de resultados da Gol.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
marcio.juliboni@moneytimes.com.br
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