Dólar ensaia recuperação contra o real após 5 semanas de queda, mas pode parar em zona de indecisão; veja análise do BTG
O dólar voltou a ganhar força frente ao real na última semana e interrompeu uma sequência de cinco quedas semanais.
No entanto, o ativo ainda não conseguiu escapar de uma faixa de lateralidade que limita movimentos mais firmes, segundo a análise técnica do BTG Pactual divulgada nesta terça-feira (25).
Segundo o banco, a moeda norte-americana mantém tendência de médio prazo de baixa, mas o curto prazo mostra tentativa de recuperação após o teste da mínima do ano.
No gráfico semanal, o dólar voltou a encontrar suporte na média móvel de 200 semanas em R$ 5,28, nível que segurou o movimento também em setembro.
Já no gráfico diário, o rompimento das médias de 21 e 50 dias — agora suportes em R$ 5,36 — reforçou a melhora da estrutura de curto prazo.
Apesar disso, o BTG destaca uma região “de forte briga” entre compradores e vendedores entre R$ 5,395 e R$ 5,450.
Os analistas destacam que a superação da faixa superior indicaria continuidade do movimento de recuperação, enquanto a perda de R$ 5,28 retomaria a tendência de baixa.
DXY testa resistência histórica
No cenário internacional, o Dollar Index (DXY) tenta reagir desde o fim de setembro, com melhora técnica e rompimento da média de 200 dias. Mas o movimento bateu em uma das zonas de resistência mais relevantes da última década: 100,0–100,5.
O BTG afirma que só um rompimento claro dessa faixa abriria espaço para reversão estrutural da tendência. Por outro lado, a perda da média de 50 dias em 98,885 reacenderia o movimento vendedor.
Já o Euro caiu 0,95% na última semana e mantém deterioração no curto prazo em relação ao dólar, negociando abaixo das médias de 21 e 50 dias. O suporte em 1,147 é o nível mais importante agora — sua perda acionaria pivô de baixa rumo à média de 200 dias em 1,140.
Outra moeda analisada frente ao dólar foi o Iene. Segundo o banco, a moeda japonesa segue como um dos pares mais fortes do G10, sustentado por máximas e mínimas ascendentes.
Com alta de 1,17% na semana, o par se aproxima novamente da máxima anual em 158,87.
Caso rompa o nível, o gráfico abre espaço para buscar a região do topo de agosto de 2024, perto de 162,00. As médias de 21 e 50 dias seguem como importantes suportes dinâmicos.