Consumo

Dólar: iPhone pode ficar mais barato com a queda da moeda?

22 mar 2022, 17:00 - atualizado em 22 mar 2022, 17:00
Dólar
A desvalorização do dólar acontece em meio a “combinação de um movimento de alta no preço de commodities e fluxos positivos de investimento no Brasil (Roman Samokhin | Dreamstime.com)

O dólar (USDBRL) está em forte queda desde o começo do ano.

No acumulado de 2022, a moeda já caiu mais de 11,6% e foi de R$ 5,57 para R$ 4,93 na segunda-feira (21). Com esse recúo, a moeda brasileira está com a melhor performance global no período.

Para Alexandre Netto, Head de câmbio da Acqua-Vero, a desvalorização do dólar acontece em meio à “combinação de um movimento de alta no preço de commodities e fluxos positivos de investimento no Brasil”.

O valor da moeda americana ante real é fundamental para o brasileiro, pois há um grande impacto em relação aos preços de diversos produtos, até mesmo do iPhone.

O modelo top de linha da Apple, o iPhone 13 Pro Max com um Terabyte de memória, pode custar R$ 15 mil — um dos valores mais altos da história e quase o mesmo preço que um Citroën C3 2008 usado que, na WebMotors, sai por R$ 14.900.

Mas será que com a queda dos últimos meses, o aparelho da Apple não vai ter uma diminuição no preço?

Para Alan Gandelman, CEO da Planner, isso pode derrubar o valor do iPhone.

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Para Alan Gandelman, CEO da Planner, o recou do preço do dólar pode derrubar o valor do iPhone para o consumidor (Imagem: Reuters/Carlos Garcia Rawlins)

“A Apple tem uma política de preços consistente e já realizou ajustes para baixo no passado, como no final de 2015 para o fim de 2016. Quando o dólar recuou cerca de 20%, o preço do aparelho da companhia caiu”, diz Gandelman.

Não é só o dólar cair que o iPhone cai junto

No entanto, o especialista adverte que, para isso acontecer  e o consumidor sentir o efeito em 2022, há a necessidade de uma continuidade do preço da moeda americana nos patamares atuais ao longo desse ano.

Outro ponto é que a política de preços da companhia só é reajustada a cada seis meses — ou seja, para o consumidor final ter acesso ao menor preço, ainda levaria um pouco mais que um semestre.

Um outro problema é a margem de lucro dos vendedores, pois caso eles queiram engordar os bolsos, o consumidor pode não sentir a diminuição da Apple, mas ele não descarta a possibilidade do oposto também acontecer.

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Um outro problema é a margem de lucro dos vendedores, pois caso eles queriam engordar os bolsos, o consumidor pode não sentir a diminuição da Apple (Imagem: Reuters/Carlos Garcia Rawlins)

“Cabe a cada revendedor ter a sua margem de lucro e, por questões comerciais, querer baixar o preço para ficar um pouco mais atrativo, mas não vejo que alguém se atreva a vender um preço abaixo do estipulado pela Apple”, diz.

O CEO da Planner também não descarta as demais variáveis para o preço final o aparelho. Ele explica que 40% do preço praticado no Brasil é de impostos federais e estaduais.

“Temos outros custos, como frete e exportação, que podem impactar no preço geral, isso também pode ser sentido pelo consumidor”, afirma.

Ainda assim, ele acredita que se o dólar continuar por volta de R$ 4,93, o consumidor deve sentir um preço mais barato no produto, com o valor do iPhone caindo em paralelo ao preço do dólar.

Repórter
Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
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Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
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