Dólar nas alturas e chance de lockdowns na China tiram petróleo da rota dos US$ 100
O petróleo manteve o pregão inteiro desta terça-feira (11) em queda, com o avanço do dólar e preocupações renovadas sobre a demanda global voltando a pesar sobre o mercado.
Às 17h30, o WTI (referência americana) e o Brent (referência internacional) futuros acumulam quedas de, respectivamente, 2,83% e 2,67%. Com o resultado do dia, o Brent voltou a ser negociado em torno dos US$95/barril, após se aproximar da máxima de agosto.
Dólar alto e China são obstáculos para apreciação
A despeito dos esforços da Opep de intervir nos preços do petróleo, os mercados da commodity continuam sendo pressionados pressionados por fatores de demanda.
O índice DXY, que mede a variação do dólar estadunidense com relação a outras moedas fortes, continua próximo da máxima do ano, refletindo a apreciação do dólar estadunidense em meio à onda de aversão ao risco que contamina as principais praças globais.
A alta do dólar dificulta a compra de commodity por países que não utilizam a moeda, coibindo a demanda.
A procura pela commodity também é afetada pela piora do sentimento dos mercados quanto à possibilidade de uma recessão em 2023. Sobre isso, o relatório do FMI divulgado mais cedo afirmou que 33% dos países, com as principais economias do mundo entre eles, enfrentarão alguma forma de recessão em 2023.
Sinais de arrefecimento da demanda são particularmente preocupantes na China, onde há novo aumento de detecção de casos de covid-19 e retomada de testagem mais ampla e rigorosa até metade de novembro. O temor entre investidores é que o país passe por novos lockdowns,
Petroleiras internacionais sem direção única
A queda do petróleo foi sentida assimetricamente pelas petroleiras no pregão de hoje. Após o fechamento do mercado em Londres, a Shell (SHEL) caiu 1,78%.
Em Nova York, ExxonMobil (XOM) e Chevron (CVX) subiram, respectivamente, 0,06% e 0,28%.
A Petrobrás (PETR4) também acompanhou o movimento, caindo 0,57%.
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