Mercados

Dólar opera sem rumo único, atento ao exterior e eleições

06 out 2022, 12:10 - atualizado em 06 out 2022, 12:10
Dólar
Dólar opera com volatilidade nas primeiras horas de negócio, mas tem viés de alta em linha com exterior, de olho em eleições (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

O dólar à vista opera volátil frente ao real, entre queda e alta, em mais um pregão de moeda fortalecida no exterior. Por volta das 12h (de Brasília), a moeda norte-americana operava na estabilidade, cotada perto de R$ 5,20 para venda. Assim como o contrato futuro com vencimento em novembro, negociado a R$ 5,24.

Lá fora, a aversão ao risco prevalece em meio ao receio com uma recessão econômica. Investidores estão à espera dos números de setembro do mercado de trabalho dos Estados Unidos. O payroll será divulgado amanhã. O Dollar Index subia 0,6%, acima dos 111,8 pontos, há pouco.

“Em meio ao cenário desafiador de curto prazo, a agenda vazia de hoje é mais um elemento para incrementar a volatilidade dos ativos e a falta de rumo, em meio à uma série de indicadores econômicos díspares no mundo”, comenta o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira.

Olho no emprego, olho no Fed

Ontem, saíram dados do mercado de trabalho norte-americano no setor privado, o ADP. Os números são uma prévia do payroll e vieram levemente acima das expectativas.

Para Vieira, enquanto não houver sinal de arrefecimento da criação de vagas, desemprego e especialmente, custo de mão de obra, não haverá espaço para alívio do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na condução da política monetária.

O mercado deve acompanhar discursos de dirigentes da autoridade monetária previstos para hoje. A equipe da Guide Investimentos acredita que eles devem reiterar o tom de que o “combate à inflação está apenas no começo”.

Dólar x eleições

Analistas já haviam adiantado que o dólar exibiria no segundo turno a volatilidade que não houve no primeiro round das eleições.

Após partidos e políticos anunciarem apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o mercado aguarda com certa ansiedade planos de governo mais detalhados. Ainda mais o de Lula, que incorpora propostas apresentadas nas campanhas de Simone Tebet (MDB) e de Ciro Gomes (PDT).

A economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, destaca que os apoios dos partidos eram esperados, não influenciando na precificação dos ativos domésticos. Porém, investidores seguem atentos aos desdobramentos da campanha de Bolsonaro e de Lula, em disputa que promete ser acirrada no dia 30.

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Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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