Mercados

Dólar em leve queda a R$ 5,21 segue dividido entre reabertura e 2° onda da Covid-19

17 jun 2020, 10:41 - atualizado em 17 jun 2020, 10:43
Dolar, Real
Mercado balanceia otimismo da reabertura econômica versus pessimismo com a 2° onda de contaminação da Covid-19 (Imagem: Reuters)

O dólar operava em queda contra o real logo após a abertura desta quarta-feira, devolvendo apenas parte dos ganhos das últimas sessões e permanecendo acima dos 5,20 reais em dia de atenções divididas entre as esperanças de uma retomada econômica global e temores sobre uma segunda onda global de coronavírus.

Às 10:41 (horário de Brasília), o dólar (USDBRL) caía 0,50%, a 5,2174 reais na venda, enquanto o dólar futuro tinha queda de 0,51%, a 5,2215 reais.

Na B3 (B3SA3), o dólar futuro tinha alta de 0,11%, a 5,2545 reais.

O clima nos mercados globais estava dividido nesta quarta-feira, com as esperanças de uma recuperação econômica em relação à crise do coronavírus sendo compensadas pela alta de casos de Covid-19 na capital chinesa e em vários Estados norte-americanos.

Analistas do Bradesco escreveram que, além de novas tensões geopolíticas envolvendo China e Índia na fronteira do Himalaia, um “assunto que impõe cautela é o aparecimento de novos casos de Covid-19 na China e em alguns Estados norte-americanos”.

“Ainda assim, o viés positivo desta sessão é sustentado por dados positivos nos EUA e pela evoluções favoráveis de medicamento voltado ao tratamento de casos graves de Covid-19.”

Londres Reino Unido Europa
Bolsas da Europa e em Wall Street operam em alta na manhã desta quarta-feira (Imagem: Reuters/Simon Dawson)

No exterior, o dólar apresentava comportamento misto contra divisas arriscadas, caindo contra peso mexicano e dólar australiano e avançando contra a lira turca. As bolsas de valores europeias e os futuros de Wall Street, outros ativos de risco, operavam em alta nesta manhã.

Também no radar dos investidores, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil encerrará nesta quarta-feira sua reunião de política monetária, e a expectativa é de que a autarquia corte a taxa básica de juros mais uma vez, a nova mínima histórica.

Segundo economistas consultados pela Reuters, o Copom provavelmente reduzirá a taxa Selic em 75 pontos-base, para 2,25%.

“O cenário de elevado grau de ociosidade na economia, com núcleos de inflação bem comportados e expectativas de inflação bem ancoradas deverá levar o Banco Central a uma redução da taxa básica”, disse o Bradesco em nota. “As atenções estarão voltadas para o comunicado, sobretudo no que tange à discussão sobre um possível limite inferior para a Selic e eventuais sinais para os passos subsequentes.”

A decisão de política monetária do BC pode ter grande peso nos movimentos cambiais, uma vez que a redução da Selic afeta rendimentos locais atrelados aos juros básicos. Quanto menores os juros, menos atraente o Brasil fica para os investidores estrangeiros, o que afeta o fluxo dos mercados e, consequentemente, o valor do real.

Na véspera, o dólar spot fechou em alta de 1,76%, a 5,2324 reais na venda.

Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.