Dólar sobe forte contra o real, mas BTG destaca resistência que limita movimento de alta; veja análise e alvos
O dólar teve uma semana de forte alta contra o real e voltou a testar as resistências que vêm segurando o avanço da moeda desde setembro, segundo análise técnica do BTG Pactual divulgada nesta terça-feira (9).
Os analistas consideram que o preço do dólar segue preso dentro de uma zona de consolidação, sem sinal claro de reversão da tendência de médio prazo — que ainda é de baixa.
Segundo o banco, a alta de 1,92% da última semana foi impulsionada pela forte saída de fluxo no pregão de 5 de dezembro, quando o real desvalorizou 2,44%. Mas, apesar do movimento brusco após ‘efeito Flávio‘, nada mudou no quadro técnico mais amplo.
O BTG afirma que o dólar segue respeitando o intervalo que define todo o comportamento da moeda desde setembro: suporte em R$ 5,28 e resistência em R$ 5,50.
Para o banco, apenas o rompimento consistente de uma das extremidades deve indicar a próxima direção do movimento. A média móvel de 200 semanas, em R$ 5,2780, continua sendo o principal piso técnico do par — e foi novamente defendida na semana passada.
A pressão compradora do pregão do dia 5 de dezembro foi seguida por uma sessão mais neutra na sessão seguinte, o que para o banco reforça que ainda não há aceleração suficiente para mudança de tendência.
O topo da consolidação, em R$ 5,50, permanece como primeira resistência, seguido pela média móvel de 200 dias, em R$ 5,5280.
DXY falha em romper resistência histórica e perde fôlego
No cenário externo, o Dollar Index (DXY), que mede a força do dólar ante outras moedas globais, voltou a mostrar fraqueza após testar a região de 100,500, considerada pelo BTG uma das zonas de preço mais importantes da última década.
O índice recuou 0,50% na semana e segue preso em uma área de forte disputa técnica, com o preço encostado entre a média móvel de 50 dias e a média de 200 dias.
O BTG alerta que fechamentos abaixo de 98,700 podem acionar figura de topo duplo, abrindo espaço para nova pernada de baixa. Os suportes seguintes aparecem em 98,260 e 96,500.
O euro subiu 0,39% na semana em comparação com o dólar, mas a estrutura técnica permanece travada entre 1,1700 e 1,1450, sem direção definida, segundo os analistas..
O Índice de Força Relevante (IFR) segue em zona neutra e as médias de 21 e 50 dias perderam inclinação, reforçando o cenário de consolidação.
O rompimento de 1,1700 recolocaria o par em tendência de alta, enquanto a perda de 1,1450 abre caminho para 1,1390, fundo de junho.