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Dólar sobe; por que moeda abaixo de R$ 5,00 ficou mais distante?

06 fev 2023, 13:45 - atualizado em 06 fev 2023, 13:45
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Dólar sobe mais de 1% em busca dos R$ 5,21 em pregão de aversão ao risco no exterior que contamina emergentes (Imagem: Pixabay/HeungSoon)

Em alta desde a abertura do pregão desta segunda-feira (06), há pouco, o dólar à vista acelerou os ganhos frente ao real a R$ 5,20 acompanhando o exterior e com o noticiário doméstico. Com isso, a moeda fica mais distante do patamar abaixo de R$ 5,00 alcançado na quinta-feira (02).

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Por volta das 13h30 (de Brasília), o dólar avançava 0,9%, negociado perto de R$ 5,20 para venda, no maior nível em duas semanas. O contrato futuro com vencimento em março subia 0,9%, a R$ 5,21. Lá fora, o Dollar Index (DXY) tinha alta de 0,7%, aos 103,6 pontos, no maior nível em um mês.

Dólar sente aversão ao risco e eventos locais

O diretor de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, comenta que o movimento no exterior é de aversão ao risco, com investidores apostando em taxa de juros mais altas nos Estados Unidos após os dados do mercado de trabalho, o payroll, apontar a criação de 517 mil vagas de trabalho. O dado ficou acima do esperado pelo mercado e consequentemente, visto como “números fortes”.

O gerente da mesa de operações da StoneX, Marcio Riauba, acrescenta que o Boletim Focus, divulgado hoje cedo pelo Banco Central (BC) também corrobora, após o mercado financeiro elevar as projeções para o índice oficial de inflação do país (IPCA) para 2023 de 5,74% para 5,78% e em 2024 de 3,90% para 3,93%.

Segundo ele, as novas projeções somadas às declarações do presidente Lula de que tem a intenção de ampliar a faixa de isenção para o Imposto de Renda ajudam a puxar a alta do dólar.

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“Para um governo que tem falado em reduzir o déficit primário para 2023 e agora, sinaliza essa possível faixa de isenção para o Imposto de Renda. Isso acaba sendo uma contradição no mercado”, pondera, acrescentando que, coloca em pauta também a disciplina fiscal do novo governo.

Riauba diz ainda que, em meio a esses eventos, o real ele deve continuar “confinado” na faixa entre R$ 5,17 e R$ 5,25, ponderando que as moedas de países emergentes também operam com desempenho ruim no pregão.

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Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
flavya.pereira@moneytimes.com.br
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