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Pós-eleições: Em semana Lula, dólar derrete 4,5%, tem melhor desempenho desde 2002 e bate de longe Bolsonaro

05 nov 2022, 17:22 - atualizado em 05 nov 2022, 17:23
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Dólar fechou a semana com forte queda, engatando o sexto pregão seguido de queda sob efeito de eleições, Lula e fluxo estrangeiro (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Ilustración/Archivo)

O dólar à vista encerrou a semana pós-eleições com forte queda de 4,5%, mesmo com um feriado doméstico no meio. Com isso, a moeda norte-americana registrou a maior queda percentual no acumulado da semana pós-segundo turno desde 2002, quando Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito presidente da República pela primeira vez.

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O levantamento realizado por Einar Rivero, do TradeMap, considerou o período que abrange o pregão de sexta-feira antes do segundo turno e o da sexta seguinte à votação. Como as eleições de 1994 e 1998 foram decididas em primeiro turno, com a eleição e reeleição de Fernando Henrique Cardoso, o levantamento considera a cotação do dólar do mesmo período.

Em 2002, o estudo abrangeu o pregão até 31 de outubro, uma quinta-feira. Considerando a sexta-feira, 1º de novembro, o dólar apresenta perdas de mais de 5%.

‘Gringo comprou Lula’

O sócio e gestor da Galapagos Capital, Fábio Guarda, explica que o investidor local foi para o primeiro turno  das eleições deste ano “tenso”, com aposta de alta da moeda estrangeira. “O mercado entrou outubro com uma tensão muito grande e as posições vieram muito defensivas”, diz.

Segundo ele, ao longo do segundo turno, o mercado colocou “bastante risco do processo eleitoral no preço do dólar”, com receios de que haveria uma contestação do resultado da eleição.

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“Não teve essa contestação [no domingo]. Daí, o primeiro movimento foi um rali do investidor brasileiro. Quem estava vendido na bolsa [brasileira] zerou essas posições. Assim, começou a queda do dólar”, diz.

O dólar abriu o pregão seguinte ao segundo turno em alta, com a moeda cotada a R$ 5,40. Ao longo daquele dia e nos demais, o dólar foi perdendo valor gradativamente, até chegar à mínima de R$ 5,01 no pregão de sexta-feira (4).

Guardia acrescenta que, além do movimento local, houve uma forte entrada de investidor estrangeiro na B3. “O gringo comprou a eleição de Lula”, avalia.

“O dólar tem muito espaço para cair, abaixo de R$ 5. O Lula e o PT têm mostrado um poder de articulação muito grande”, observa o sócio-diretor da Pronto Invest, Vanei Nagem, apostando que a equipe econômica de Lula deverá ser formada por técnicos e pessoas que “agradam o mercado”.

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Confira o desempenho % do dólar em semana pós-eleições

Eleições (semana) Dólar (média BC) Presidente eleito
30/09/1994 a 07/10/1994 * -1,06% FHC
02/10/1998 a 09/10/1998 * 0,26% FHC
25/10/2002 a 31/10/2002 ** -4,12% Lula
27/10/2006 a 03/11/2006 0,20% Lula
29/10/2010 a 05/11/2010 -1,25% Dilma
24/10/2014 a 31/10/2014 -1,46% Dilma
26/10/2018 a 02/11/2018 0,60% Bolsonaro
28/10/2022 a 04/11/2022 -4,50% Lula
*eleições definidas em 1º turno
**não considera o pregão de 01/11/2002

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Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
flavya.pereira@moneytimes.com.br
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