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Dólar (USDBLR) cai na semana ante real após dados de inflação e PEC reduzida

23 dez 2022, 17:13 - atualizado em 23 dez 2022, 17:25
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No mercado à vista, o dólar caiu 0,39%, a 5,1655 reais na venda, menor patamar para encerramento desde 8 de novembro (5,1498) (Imagem: Pixabay/ilheufx)

O dólar (USDBLR) caiu frente ao real nesta sexta-feira, depois que a prévia da inflação oficial do Brasil veio em linha com o esperado, encerrando uma semana de volumes reduzidos em forte baixa após a promulgação da PEC da Transição com tempo de duração reduzido.

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No mercado à vista, o dólar caiu 0,39%, a 5,1655 reais na venda, menor patamar para encerramento desde 8 de novembro (5,1498).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,52% em dezembro, de uma alta de 0,53% em novembro, mostraram nesta sexta-feira dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 0,52% na base mensal.

Isso levou o índice, considerado prévia da inflação oficial, a registrar nos 12 meses até dezembro avanço de 5,90%, desacelerando ante os 6,17% de novembro e ficando ligeiramente abaixo da expectativa de alta de 5,92%.

“Depois de um IPCA-15 mais tranquilo… câmbio e juros seguem em baixa”, disse em publicação no Twitter Sergio Machado, sócio da NCH Capital. “O mercado continua com viés de bom humor.”

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Com a depreciação desta sexta-feira, o dólar à vista fechou a semana em baixa de 2,40% frente ao real. Boa parte dos mercados financeiros atribuiu a queda recente da moeda à promulgação da PEC da Transição com apenas um ano de duração.

O governo de transição pretendia que a PEC pudesse ampliar o teto de gastos em 145 bilhões de reais por dois anos, mas a ideia enfrentou resistências na Câmara, resultando na aprovação da exceção à regra fiscal somente para 2023.

“A aprovação da PEC por um ano e não quatro (sequer fazia sentido) e toda a costura política por trás foi sensivelmente mais complicada do que o novo governo desejaria e resta agora entender os próximos passos e como isso deve afetar o resultado fiscal, o qual deve fechar em este ano em considerável superávit”, disse Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.

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Embora não pareça ser o suficiente para desencorajar o Federal Reserve de elevar a taxa de juros para níveis mais altos no ano que vem (Imagem: REUTERS/Gary Cameron)

Dando suporte adicional aos ativos brasileiros nesta semana, alguns participantes do mercado destacaram a indicação pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de seu vice, Geraldo Alckmin, para assumir o Ministério da Indústria e Comércio (MDIC).

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“Graças à experiência como governador de São Paulo, seu nome foi bem recebido”, disse a XP em nota a clientes.

No exterior, o dólar caía frente a várias divisas emergentes pares do real, como peso mexicano, rand sul-africano e dólar australiano, o que também ajudou a sustentar o real nesta sexta-feira.

Segundo participantes do mercado, o movimento refletiu a notícia de que o índice de preços norte-americano PCE subiu 0,1% no mês passado, desacelerando depois de avançar 0,4% em outubro. Nos 12 meses até novembro, o índice de acumulou alta de 5,5%, abaixo dos 6,1% de outubro.

Embora não pareça ser o suficiente para desencorajar o Federal Reserve de elevar a taxa de juros para níveis mais altos no ano que vem, o dado em linha com o esperado pelos mercados permitiu algum movimento de procura por risco na sessão.

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“Mais uma boa notícia de inflação em queda”, disse em publicação no Twitter Rafaela Vitoria, economista-chefe do Banco Inter. “O consumo em novembro teve desaceleração maior… o que também é positivo para o trabalho da política monetária lá.”

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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