Comprar ou vender?

Duas empresas ganham com novo plano estratégico da Petrobras (PETR4), mas só uma ação vale compra; veja

26 nov 2023, 10:25 - atualizado em 26 nov 2023, 10:25
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Duas empresas se beneficiam do novo plano de investimentos da Petrobras, avalia BBI (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O Bradesco BBI levanta duas empresas que podem se beneficiar do Plano Estratégico da Petrobras (PETR4) para o quinquênio 2024-2025.

Isso porque a companhia estatal deve investir em 14 novos FPSOs ao longo dos próximos anos para conseguir chegar a uma produção diária de óleo e gás de 3,2 milhões de barris.

Considerando isso, a Wilson Sons (PORT3) sairia beneficiada. De acordo com o BBI, cada FPSO adicionado cria uma demanda por três embarcações de apoio offshore (OSVs).

“Com base no plano da Petrobras de adicionar 14 FPSOs até 2028, poderá haver demanda adicional por 42 OSVs”, avaliam Victor Mizusaki, do BBI, e Ricardo França, Renato Chanes e Larissa Monte, da Ágora Investimentos.

Outro ponto de destaque do novo PE aprovado pelo conselho de administração da Petrobras é o foco em projetos de baixo carbono. A empresa prevê capex de US$ 11,5 bilhões para o segmento, bem acima dos US$ 4,4 bilhões do plano anterior, com adição de US$ 5,5 bilhões que serão investidos em fontes de energia renovável, como a solar e a eólica.

Nesse sentido, o BBI acredita que a empresa que pode ser favorecida é a Weg (WEGE3). Isso porque, na opinião dos analistas, a Petrobras pode usar o financiamento de Pesquisa e Desenvolvimento de US$ 700 milhões para financiar a nova turbina eólica de 7 MW da Weg. Além disso, a Weeg pode fornecer novos aerogeradores à Petrobras.

O BBI tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 18 para a ação da Wilson Sons. Já Weg tem classificação neutra, com preço-alvo de R$ 37.

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PE é risco para dividendos?

A Petrobras aprovou, em reunião do conselho de administração realizado nesta quinta-feira (23), o Plano Estratégico 2024-2028 com previsão de US$ 102 bilhões em investimentos nos próximos cinco anos.

Esse é o primeiro PE da companhia sob a gestão do governo Lula. O capex previsto supera em 31% o valor estimado no plano passado devido a novos projetos, incluindo potenciais aquisições, e a ativos que estavam na fila de desinvestimentos e voltaram para a carteira de investimentos.

A principal preocupação do mercado envolvendo o novo plano de investimentos da Petrobras era o potencial impacto sobre os dividendos da companhia, uma vez que o governo atual já sinalizou com antecedência a intenção de elevar o capex para investir em ativos com foco na transição de transição energética.

Apesar do aumento do capex previsto para os próximos anos, analistas avaliam que o PE não trouxe grandes surpresas negativas, e os dividendos da petroleira ainda devem permanecer altos, de acordo com o BBI.

“Ainda vemos grandes chances de a Petrobras pagar um dividendo complementar relacionado a 2023 de aproximadamente US$ 5 bilhões (resultando em um rendimento de dividendos elevado para 2024)”, afirma.

O BBI vê a Petrobras encerrando 2024 com posição de caixa de aproximadamente US$ 18 bilhões, gerando aproximadamente US$ 20 bilhões em geração de caixa no próximo ano (considerando Brent de US$ 78/barril).

“Se a Petrobras pagasse o dividendo mínimo (45% do fluxo de caixa operacional, subtraído dos investimentos), terminaria 2024 com uma posição de caixa de cerca de US$ 24 bilhões (retirando o pagamento de US$ 3,5 bilhões em dividendos relativos aos resultados do 3T23, a serem pagos no 1T24). Isto está muito acima do nível ideal de US$ 8 bilhões”, destaca a instituição.

O BBI avalia que “há muito espaço” para fusões e aquisições, além de dividendos complementares em 2024.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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