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Duratex: queda acentuada dos volumes ocorrerá no 2º trimestre, prevê BTG

20 abr 2020, 14:17 - atualizado em 20 abr 2020, 14:19
Duratex Empresas
A visão para a Duratex ainda é positiva, dado que a companhia é financeiramente saudável para passar pela crise sem grandes abalos (Imagem: Divulgação/Duratex)

O BTG Pactual (BPAC11) atualizou as estimativas para a Duratex (DTEX3), incluindo na análise os efeitos da covid-19 sobre os negócios da companhia.

No geral, o banco defende que a Duratex é financeiramente saudável para passar pela crise sem grandes abalos. O momento pode se apresentar, inclusive, como uma oportunidade de consolidação à empresa.

“Nossa tese de longo prazo é mantida, uma vez que acreditamos que a administração continuará perseguindo uma agenda de valor agregado aos acionistas”, afirmaram Leonardo Correa e Caio Greiner, da equipe de análise do BTG.

O banco ainda enxerga uma expansão do Retorno sobre o Patrimônio (ROE), fator crítico para o case de investimento. Por isso, a recomendação para as ações da Duratex é de compra, com preço-alvo de R$ 14.

Queda nos volumes

Apesar das boas perspectivas, os analistas estimam um grande impacto nos volumes a partir do segundo trimestre.

“Estamos prevendo uma queda de 40-60% dos volumes em todas as divisões no segundo trimestre, com o segmento de cerâmicas sendo o mais afetado e o de painéis de madeira se saindo como o mais resiliente”, comentaram Correa e Greiner. O BTG espera um Ebitda perto de zero no período.

Recuperação

A recuperação deve acontecer no segundo semestre do ano, mas de forma gradual. Os impactos na economia ainda serão sentidos, o que pressionará as divisões da Duratex. O resultado esperado para 2020 é de uma retração de 10-20% nos volumes, o que acarretaria em uma redução de 33% do Ebitda na comparação anual.

Seguindo o cenário econômico brasileiro, os volumes da Duratex voltarão a crescer somente em 2021, suportados pela demanda do setor de construção.

A expectativa para o Ebitda no período é de um avanço de mais de 50% ano a ano – ainda 25% abaixo das estimativas anteriores do BTG.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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