É compra: Esta construtora já subiu 23% em 2025, e o BTG vê espaço para mais

O BTG Pactual manteve recomendação de compra para a MRV (MRVE3) com preço-alvo de R$ 12, o que representa um potencial de valorização de aproximadamente 86% frente aos atuais R$ 6,42.
Desde o início de 2025, as ações da construtora acumulam alta de 23%, e, no pregão desta quarta-feira (15), avançavam quase 3% por volta das 13h (horário de Brasília). Acompanhe o tempo real.
Em relatório, os analistas Gustavo Cambauva e Gustavo Fabris afirmam que a MRV está otimista com a recuperação da lucratividade e com a redução da alavancagem.
A conclusão veio após o BTG realizar uma reunião (NDR) com Augusto Andrade, diretor de relações com investidores da construtora, para discutir as perspectivas da empresa.
Segundo o Cambauva e Fabris, a companhia espera uma normalização dos repasses de clientes para os bancos assim que os chamados cheques regionais, particularmente em Manaus, forem retomados.
Vale lembrar que os programas regionais foram os principais responsáveis pelo resultado abaixo do esperado da MRV no terceiro trimestre (3T25). Você pode conferir aqui a explicação completa que Ricardo Paixão, CFO da empresa, concedeu ao Money Times.
Com a aguardada estabilização, a construtora projeta um fluxo de caixa livre (FCF) positivo nos últimos três meses deste ano e espera que o valor continue crescendo em 2026, o que, na visão do BTG, representaria um grande passo rumo à desalavancagem.
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Lançamentos à vista
Os analistas também apontam que a companhia projeta lançamentos em torno de 40 mil unidades por ano, sem crescimento anual, enquanto a velocidade de vendas deve permanecer saudável, apoiada pelas condições positivas do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
O relatório destaca ainda que a empresa espera que sua margem bruta continue aumentando, impulsionada por preços de venda mais altos, devido à demanda sólida por moradias populares, e custos de construção sob controle.
“A MRV é mais eficiente nas regiões em que opera, com boa alocação de equipes de engenharia, gestão de estoques e banco de terrenos. As margens devem continuar aumentando, com maior produtividade”, escreveram Cambauva e Fabris.
Resia
Sobre a Resia, operação da MRV nos Estados Unidos (EUA), os analistas do BTG afirmam que o downsizing (desinvestimento) deve continuar, em direção a um modelo com menos ativos.
“A empresa continua comprometida com sua estratégia de reduzir o tamanho das operações da Resia e indicou que a reciclagem de terrenos e projetos seguirá até atingir a meta de US$ 800 milhões em 2026”, ressaltaram, avaliando que “o plano está no caminho certo”.
O relatório ainda apontou que, no futuro, a construtora pretende adotar um modelo mais simples, com menos projetos em execução simultânea e menor capital investido, permitindo redução de SG&A (despesas).