STF

É preciso impedir entrada de ódio na sociedade, afirma Toffoli no combate às fake news

04 set 2020, 13:01 - atualizado em 04 set 2020, 13:01
Fakenews
“Uma política de ódio plantada por segmentos ou setores que queriam e querem destruir instituições”, segundo o presidente do STF (Imagem: Pixabay)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, voltou a defender nesta sexta-feira sua decisão de abrir de ofício, sem ser provocado pelo Ministério Público, o chamado inquérito das fake news e disse que é preciso atuar para evitar que o ódio entre na sociedade brasileira e que as instituições caiam.

“Foi a decisão mais difícil da minha gestão a abertura desse inquérito”, disse Toffoli, que na próxima semana entregará a presidência da corte para o ministro Luiz Fux, em entrevista com jornalistas que cobrem o STF.

“Mas ali nós já vínhamos vivendo algo que já vinha ocorrendo em outros países: o início de uma política de ódio. Uma política de ódio plantada por segmentos ou setores que queriam e querem destruir instituições”, afirmou em relação à investigação que teve entre seus alvos vários apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

Toffoli disse também na entrevista que o diálogo que manteve com Bolsonaro e com ministros do presidente foi franco e respeitoso e que não viu dele ou de seus auxiliares alguma atitude contra a democracia.

O presidente do STF também foi indagado sobre decisões da corte contrárias a procuradores que atuam na operação Lava Jato. Ele respondeu que o tribunal tomou tais decisões não contra o combate à corrupção, mas para combater abusos e disse, por mais de uma vez, que, sem o STF, a operação Lava Jato não existiria.

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