Internacional

Economia do Reino Unido vai despencar mais de 10% e dívida saltará em 2020, prevê Moody’s

10 jul 2020, 15:51 - atualizado em 10 jul 2020, 16:25
Reino Unido Londres Europa Recessão
A Moody’s afirmou que o último pacote de estímulo do governo do Reino Unido ajudará numa recuperação econômica gradual (Imagem: Unsplash/@angelacompagnone)

O Reino Unido sofrerá a mais acentuada contração do Produto Interno Bruto (PIB) dentre as principais economias neste ano, alertou a agência de classificação de risco Moody’s nesta sexta-feira, e a crise do coronavírus elevará a dívida pública como proporção do PIB em quase um quarto.

A Moody’s afirmou que o último pacote de estímulo do governo do Reino Unido, de 30 bilhões de libras e anunciado nesta semana, ajudará numa recuperação econômica gradual, mas acrescentará mais pressão à situação fiscal do Reino Unido.

“A relação dívida pública/PIB do Reino Unido provavelmente aumentará em 24 pontos percentuais ou mais em relação aos níveis de 2019”, escreveu em nota um grupo de analistas da Moody’s nota, prevendo que a dívida baterá 109% do PIB neste ano.

“Prevemos uma contração de 10,1% no PIB do Reino Unido neste ano, mas esperamos uma recuperação subsequente gradual na esteira da flexibilização em medidas de paralisação, com o crescimento recuperando-se para 7,1% no próximo ano.”

A Moody’s atribui rating “Aa2” ao Reino Unido, com perspectiva negativa, após uma série de rebaixamentos desde que o país votou por deixar a União Europeia (UE), em meados de 2016.

Também nesta sexta, a Fitch, outra agência de classificação de risco, afirmou esperar agora que a economia do Reino Unido encolha 9% neste ano, ante projeção anterior de contração de 7,8%, e que o déficit orçamentário salte para até 17% do PIB.

O Reino Unido está a caminho de levar a dívida pública aos níveis da Segunda Guerra Mundial, embora o governo tenha dito que as finanças voltarão para um nível sustentável no médio prazo.

“Nossa projeção estima que a contração no ciclo econômico para o Reino Unido será mais acentuada do que para qualquer outra economia do G20, levando em conta nossa visão de que a persistente incerteza em torno do Brexit atrasará a recuperação no segundo semestre do ano”, disse a Moody’s.

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