CryptoTimes

El Salvador tem nova onda de protestos contra lei sobre bitcoin

31 ago 2021, 16:31 - atualizado em 31 ago 2021, 16:31
El Salvador bandeira
A lei que implementará o bitcoin como moeda corrente em El Salvador divide governo e população, com 77% dos cidadãos acreditando que a adesão ao bitcoin não é uma boa ideia (Imagem: Pixabay/jorono)

Na semana anterior à implementação do bitcoin (BTC) como moeda sonante no país, salvadorenhos tomaram as ruas em protesto contra a aceitação da criptomoeda, carregando cartazes que diziam frases, como “Não à lavagem de dinheiro corrupto”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Conforme noticiado pelo Decrypt, a nova onda de protestos acontece cerca de um mês após cidadãos terem protestado com o mesmo objetivo em frente à Assembleia Legislativa do país.

Segundo a ativista Idalia Zuñiga, a lei que implementa o bitcoin como moeda sonante gera insegurança, o que poderá ser usado para enganar usuários e facilitar a lavagem de dinheiro e ativos.

Já para o analista de bitcoin da Quantum Economics, Jason Deane, o que os cidadãos do país estão fazendo é algo nunca antes visto e “uma parte inevitável do processo”, disse ele ao Decrypt.

Porém, Deane acredita que a situação somente será normalizada daqui vários meses, quando será possível perceber os benefícios da adesão do bitcoin.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No entanto, nem todos estão tão otimistas quanto Deane.

A oposição ao bitcoin

Se os protestos desta semana não foram os primeiros do tipo, a oposição de membros do governo também não é tão recente. 

Em junho, Jamie Guevara, deputado líder do partido de oposição Farabundo Marti National Liberation Front, entrou com um processo contra a lei proposta pelo presidente do país, Nayib Bukele.

Segundo o líder da oposição e um grupo contrário à lei, a proposta legislativa é inconstitucional.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para Oscar Antero, cidadão do país, a lei sobre o bitcoin apresenta falta de legalidade e de fundamentação e ignora os efeitos negativos que trará ao país. Antero ainda acrescentou que a proposta do presidente forçará os cidadãos a usar a criptomoeda.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A oposição não termina aí. Uma pesquisa recente da Universidade Francisco Gavidia, na capital São Salvador, mostrou que mais de 77% da população salvadorenha não acredita que a iniciativa de Bukele seja uma boa ideia e que 61% dos comerciantes não aceitariam pagamentos com bitcoin.

Impondo a liberdade financeira

A preocupação exposta por Antero é também de outros cidadãos, que acreditam que Nayib Bukele irá forçar o uso da criptomoeda mesmo para aqueles que não desejam.

O presidente do país, na semana passada, afirmou que o uso do bitcoin não será obrigatório. Segundo ele:

[…] se alguém quiser continuar juntando dinheiro físico, não receber bônus de incentivo, não conquistar clientes que têm bitcoin, não crescer seu negócio e pagar taxas sobre remessas, continue fazendo [tudo] isso.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No entanto, não é isso que consta na lei sugerida por Bukele. O artigo 7 da lei indica que “todo agente econômico deve aceitar Bitcoin como pagamento quando for oferecido a ele por qualquer um que adquira um bem ou serviço.”

Após essas afirmações e estatísticas, não surpreende que a população salvadorenha tenha voltado às ruas em protesto nesta semana.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
vitoria.martini@moneytimes.com.br
Linkedin
Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
Linkedin
Quer ficar por dentro de tudo que acontece no mercado cripto?

Receba a newsletter semanal do Crypto Times com as notícias mais quentes deste mercado

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar