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Eleições 2022: Dólar começa a sentir peso do segundo turno e fecha estável

04 out 2022, 18:35 - atualizado em 04 out 2022, 18:35
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Dólar exibe volatilidade prevista para o segundo turno das eleições e fecha praticamente estável atento aos desdobramentos da campanha de Bolsonaro e Lula (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

O dólar à vista fechou praticamente estável frente ao real, negociado perto de R$ 5,17 para venda, com investidores calibrando notícias relacionadas ao segundo turno das eleições, o apetite por risco observado no exterior, além de um ajuste técnico local após a euforia na véspera, que levou a moeda a registrar a maior queda diária em mais de quatro anos.

O dólar abriu em queda, renovando mínimas a R$ 5,11, e passou a oscilar sem rumo único no fim da manhã em movimento de correção no mercado doméstico. “O dólar ficou barato”, diz o diretor de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik.

Dólar: qual é o preço do segundo turno?

Porém, no início da tarde, a moeda estrangeira passou a subir, renovando máximas sucessivas a R$ 5,22, após o PDT anunciar apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o segundo turno. O pedetista Ciro Gomes ficou em quarto lugar nas urnas e obteve 3,6 milhões de votos.

Enquanto Lula mira alianças com  os presidenciáveis mais bem colocados no primeiro turno, caso também de Simone Tebet (MDB), o presidente Jair Bolsonaro tenta a reeleição, apoiado pelos governadores eleitos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, Romeu Zema (Novo) e Cláudio Castro (PL), respectivamente.

Rodrigo Garcia (PSDB), governador de São Paulo e que ficou em terceiro lugar nas urnas do estado, também declarou apoio à campanha do presidente.

Analistas comentam que o apoio do PDT de Ciro a Lula gerou um estresse pontual no mercado, com a leitura de que o petista pode levar a melhor no segundo turno. Lula foi o mais votado no primeiro pleito. “Parece que o presidente Bolsonaro virou o queridinho do mercado, pelo menos por enquanto”, comenta Rugik.

O que mexerá com o câmbio amanhã

Cada passo da campanha de Lula e de Bolsonaro será acompanhado com lupa pelo mercado. Após fecharem as alianças, o foco se volta ao plano de governo dos presidenciáveis. Como era de se esperar, uma atenção especial será dada à política econômica de cada um. De todo modo, a volatilidade exibida hoje deverá se repetir até à véspera do segundo turno.

O exterior, porém, não fica para escanteio. Amanhã, saem dados de setembro do mercado de trabalho norte-americano e investidores estarão atentos aos números que servem de termômetro para o principal dado da semana, o payroll – a ser divulgado na sexta-feira.

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Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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