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Eletrobras: bom balanço não basta; apenas privatização destravará valor das ações

14 ago 2020, 17:57 - atualizado em 14 ago 2020, 17:57
Eletrobras
O Credit Suisse manteve a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) para o papel, com preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 50,30 (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

A Eletrobras (ELET6) terminou o segundo trimestre de 2020 com bons números operacionais, de acordo com o Credit Suisse. O lucro líquido da companhia atingiu R$ 4,5 bilhões, queda de 17% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) saltou 483%, de R$ 1,3 bilhão para R$ 7,7 bilhões.

A elétrica explicou que o desempenho foi positivamente impactado pela revisão tarifária no segmento de transmissão, o que levou ao recebimento de R$ 5,5 bilhões dos R$ 44,5 bilhões de recebíveis estimados até 2028 da Rede Básica Sistema Existente (RBSE). Dessa forma, a receita líquida também cresceu consideravelmente no trimestre, tendo avançado 68%, para R$ 11 bilhões.

Os custos e as despesas totais caíram 30,4% no comparativo anual e ficaram 12% abaixo das projeções do Credit Suisse. Considerando as provisões, que não escaparam dos efeitos negativos da inadimplência das unidades de distribuição privatizadas, os custos administrativos tiveram queda de 40,8% (19,8% menor do que o esperado pelo banco).

Recomendação

Carolina Carneiro, autora do relatório divulgado pelo Credit Suisse e obtido pelo Money Times, manteve a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) da Eletrobras e o preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 50,30.

Os resultados sustentaram a indicação de compra, mas somente em parte. De acordo com a analista, o principal gatilho para a ação ainda é a potencial privatização da companhia.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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