Privatizações

Eletrobras (ELET3): Diferente do Brasil, Europa aposta na reestatização de fornecimento de energia e água

31 maio 2022, 15:39 - atualizado em 31 maio 2022, 15:39
Reestatização
Alemanha é líder em reestatizações com 347 serviços que voltaram para o Estado (Imagem: Unsplash/Kevin Woblick)

Em contraste com as privatizações que seguem em curso no Brasil, a exemplo da Eletrobras (ELET3), ao menos 886 serviços foram reestatizados no mundo desde 2000, aponta o TNI (Transnational Institute), centro de estudos em democracia e sustentabilidade sediado na Holanda.

Em Lyon, terceira maior cidade da França, o fornecimento de água voltará para a gestão pública em janeiro de 2023, após 36 anos de concessão privada para a multinacional Veolia Environnement.

A baixa qualidade do serviço e os preços cada vez mais altos foram o que motivaram a cidade francesa a assumir a gestão da água, informou o conselho metropolitano.

Segundo o TNI, essas também são as principais justificativas para o processo de reestatização ao redor do mundo — sendo que os setores de energia elétrica, água, transporte e coleta de lixo são os campeões em desprivatizações.

Na Alemanha, líder em reestatização, 81% dos 347 serviços que voltaram para a administração pública são do setor elétrico. Na França, por outro lado, 69% das 153 reestilizações são de fornecimento de água.

Estados Unidos e Reino Unido aparecem logo abaixo em número de reestatização, com 67 e 64, respectivamente. Além disso, há pelo menos oito campanhas de desprivatizações do serviço de água em curso na Europa e outras duas nos EUA.

“O número crescente de remunicipalização [processo de reestatização em nível municipal] reflete a realidade de que muitos projetos de privatização e parcerias público-privadas não cumpriram o que prometiam”, conta o TNI em relatório, “muitas vezes, a remunicipalização é uma resposta coletiva das administrações locais e dos cidadãos aos fracassos das privatizações”, finaliza.

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Repórter
Jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.
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Jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.
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