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Eletrobras (ELET3) em queda: ação recua até 4% após registrar prejuízo no 1T25

15 maio 2025, 16:29 - atualizado em 15 maio 2025, 17:49
Os analistas afirmaram que os menores preços de energia no Norte e no Nordeste pesaram nos números da Eletrobras (Imagem: Canva/Divulgação / Montagem: Bruna Martins)

A Eletrobras (ELET3) opera entre as maiores quedas do Ibovespa (IBOV) e figura entre as ações mais negociadas da B3 desde o início do pregão desta quinta-feira (15). 

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ELET3 encerrou a sessão com queda de 3,22%, a R$ 41,79. Nas primeiras horas da sessão, os papéis chegaram a liderar as perdas do principal índice da bolsa brasileira com baixa de 4,77%. Acompanhe o Tempo Real. 



A baixa dos papéis é uma resposta dos investidores ao balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25) da ex-estatal. 

A companhia elétrica teve um prejuízo líquido de R$ 354 milhões no 1T25, revertendo o lucro de R$ 331 milhões do mesmo período em 2024. 

O resultado negativo deve-se à reversão de R$ 952 milhões na subsidiária Chesf de parte do valor reconhecido como remensuração regulatória em 2024 após os processos de Revisão Tarifária Periódica dos contratos de transmissão.

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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) regulatório da empresa totalizou R$ 5,49 bilhões no período, declínio de 3,7% ano a ano, enquanto, em termos ajustados, o recuo foi de 4,1%, para R$ 5,38 bilhões.

O que balanço mostrou?

Os analistas avaliaram o balanço da Eletrobras como “fraco”, com números abaixo do consenso do mercado. A queda das ações já era esperada pelo Goldman Sachs e pela XP.

“Acreditamos que os mercados podem não reagir bem a mais um resultado operacional fraco da Eletrobras, apesar de algumas notícias positivas sobre contratação de energia e Opex”, escreveram os analistas Vladimir Pinto e Bruno Vidal, da XP, em relatório. 

Na visão do BTG Pactual, os preços mais baixos de energia no Norte e no Nordeste foi um dos motivos para os números “mais fracos”, com destaque para o Ebitda regulatório ajustado que ficou 11% abaixo da estimativa do banco. 

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“A perda foi impulsionada por maiores custos de compra de energia (R$ 1,56 bilhão vs. nossa projeção de R$ 743 milhões e R$ 737 milhões), parcialmente explicado por menores preços de energia no Norte e Nordeste, o que levou a uma perda de R$ 303 milhões no trimestre”, disse o banco em relatório. 

Para os analistas, essa queda provavelmente reflete a exposição da empresa às diferenças de preços à vista entre os submercados.

Na mesma linha, o Santander classificou a maior exposição ao submercado como a principal surpresa negativa do balanço. 

Os analistas também que o lucro bruto do segmento diminuiu mais de 10% na base anual, impacto pela diminuição esperada na receita de transmissão e pela diferença de preço à vista entre os submercados — que foi parcialmente compensada por preços médios mais altos na geração e melhor déficit hídrico na comparação ano a ano. 

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Venda de ativos 

Na divulgação do balanço, a Eletrobras também anunciou a conclusão parcial da venda de suas usinas térmicas para a Âmbar Energia. Um total de 1,55 GW de capacidade térmica foi vendido por R$2,9 bilhões. 

Na avaliação do Goldman Sachs, o anúncio foi um dos principais pontos positivos em relação aos resultados do 1T25. 

“Esses ativos geraram um fluxo de caixa de aproximadamente R$600 milhões e há um earn-out de R$1,2 bilhões a receber se certas condições forem atendidas”, afirmaram os analistas da XP.

É hora de comprar as ações? 

Apesar da leitura negativa para os resultados da elétrica, os bancos reiteraram a recomendação de compra das ações da Eletrobras. 

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O Goldman Sachs tem preço-alvo de R$ 48, o que representa um potencial de valorização de 11,2% sobre o preço de fechamento anterior. 

Já o Santander tem preço-alvo de R$ 45,26, potencial alta de 4,8% sobre o preço de fechamento da véspera. 

O BTG Pactual prevê ELET3 a R$ 58 no final de 2025, o que representa um potencial ganho de 34,3% em relação ao preço de encerramento das negociações ontem (14). 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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