Economia

Elevação da curva de juros é reflexo do fiscal e não de expectativas de inflação, diz Campos Neto

24 set 2020, 13:01 - atualizado em 24 set 2020, 13:01
Campos Neto
Segundo Campos Neto, não é possível prever qual será o gatilho para a intervenção via compra de títulos públicos, sendo que o BC faz esse acompanhamento no dia a dia (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, avaliou nesta quinta-feira que a inclinação recente da curva de juros decorre de preocupações com a sustentabilidade fiscal e, mais especificamente, com qual será a política de saída dos estímulos dados durante a pandemia.

“Nós entendemos que uma coisa está ligada à outra. Não é um fenômeno de expectativa de inflação“, afirmou ele, em coletiva de imprensa.

Questionado se o BC poderia utilizar a prerrogativa de comprar títulos públicos para achatar essa inclinação, possibilidade aberta pela emenda constitucional do Orçamento de Guerra, ele reiterou a visão de que a eventual compra seria para estabilizar o mercado em situação de disfuncionalidade, não sendo este um instrumento de política monetária.

“Entendemos que existem outros instrumentos ainda a serem usados em política monetária”, disse.

Segundo Campos Neto, não é possível prever qual será o gatilho para a intervenção via compra de títulos públicos, sendo que o BC faz esse acompanhamento no dia a dia.

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