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Em mais um capítulo da crise, controlador tem reduzida sua participação na Ambipar (AMBP3)

23 out 2025, 5:37 - atualizado em 23 out 2025, 16:38
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Acionista controlador teve participação reduzida, mas ainda possui 60% da Ambipar (Divulgação)

A Ambipar (AMBP3) anunciou, na noite desta quarta-feira (22), que a participação do controlador Tércio Borlenghi Junior na companhia caiu de 67,68% para 59,54%, segundo fato relevante.

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Em carta para a Ambipar anexada ao fato relevante, Borlenghi disse que a redução de participação ocorreu de forma “indevida” e que a Plural Investimentos e o Opportunity seguem “excutindo” ações do controlador por meio do fundo Everest.

Borlenghi afirmou que a participação na Ambipar nos últimos dias foi reduzida em mais de 136 milhões de ações ordinárias.

Em nota ao Money Times, o Opportunity afirmou que “não é credor da Ambipar Participações e Empreendimentos S.A. (“Ambipar”) e não está executando antecipadamente uma dívida de seu controlador”.

Segundo a gestora, “o Opportunity é cotista de um Fundo de Investimento em Participações (FIP) que é acionista da Ambipar, e não credor. As ações detidas pelo FIP são de titularidade exclusiva do fundo e não representam garantia de qualquer espécie”.

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No início da semana, a Ambipar anunciou que entrou com pedido de recuperação judicial (RJ) na 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, ao mesmo tempo que a Ambipar Emergency Response, que tem sede nas Ilhas Cayman e atua em crises ambientais, também entrou com pedido de recuperação pelo Chapter 11, na justiça dos Estados Unidos.

De acordo com a empresa, a decisão do conselho de administração, em caráter de urgência, foi tomada em meio a uma crise de caixa e o risco de pagamento acelerado de dívidas de bilhões de reais. Esse passo já era esperado pelo mercado e considerado inevitável.

Caso o pedido de RJ seja aceito, a companhia consegue evitar a cobrança de dívidas e ganha tempo para organizar um plano de pagamento. No fim de setembro, a Ambipar já havia conseguido na Justiça medida cautelar que suspendeu execuções e cobranças por 30 dias, prorrogáveis por mais 30.

O início da crise

No dia 22 de setembro, os bonds da Ambipar com vencimento em 2031 desabaram no mercado internacional, pouco antes de a empresa ter anunciado a sua sétima emissão de debêntures, no valor de R$ 3 bilhões.

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Do outro lado do balcão, o Deutsche Bank, um dos credores da Ambipar, não assistiu a tudo isso parado. A instituição exigiu um aditivo de US$ 35 milhões, provocando um efeito em cadeia que poderia acelerar obrigações financeiras em até R$ 10 bilhões.

Segundo a revista Veja, o contrato com o banco alemão previa a cobrança do aditivo em caso de desvalorização dos bonds no mercado internacional.

Sem alternativas, a Ambipar recorreu à proteção judicial em setembro, alegando que o banco exigia garantias muito além dos termos contratuais. A ação da empresa gerou dúvidas no mercado com medidas contraditórias.

Ao mesmo tempo que reportou uma dívida de R$ 616 milhões, segundo a agência S&P Global, a companhia registrou uma posição de caixa de R$ 4,7 bilhões no fim do segundo trimestre, o que deveria ser mais que suficiente para cobrir as dívidas.

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