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Em recuperação judicial, Azul (AZUL4) tem prejuízo líquido ajustado de R$ 1,5 bi; alavancagem sobe

14 nov 2025, 9:46 - atualizado em 14 nov 2025, 9:46
Azul
(Imagem: iStock/Matheus Obst)

A companhia aérea Azul (AZUL4) anunciou o balanço do terceiro trimestre com prejuízo líquido ajustado de R$ 1,5 bilhão. O resultado líquido do período ficou negativo em R$ 644,2 milhões. No trimestre anterior, a companhia chegou a apresentar lucro líquido de R$ 1,2 bilhão, mas agora voltou ao quadro desfavorável nessa linha.

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A alavancagem, relação entre dívida líquida e Ebitda, chegou ao final do período em 5,1x. No trimestre anterior, a empresa havia registrado nessa linha 4,9x. No mesmo período de 2024, esse item foi de 4,4x. A alavancagem é uma das principais preocupações do mercado já que a empresa recorreu neste ano ao Chapter 11 – equivalente à recuperação judicial nos Estados Unidos.

No final de outubro, a Azul havia divulgado seu plano de negócios atualizado no âmbito do Chapter 11, e o documento indicava redução da alavancagem para 2,5x até fevereiro de 2026, quando a empresa pretende sair do processo de recuperação judicial.

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No balanço do 3T25, a Azul explicou que o índice de alavancagem do trimestre se deve, principalmente, à valorização do real frente ao dólar neste ano, o que impactou a dívida denominada em dólar. Além disso, a companhia afirmou que a linha foi impactada também por R$ 6 bilhões de dívida usados no trimestre como parte do seu plano de reestruturação.

Em comparação ao 2T25, a dívida bruta da empresa cresceu R$ 2,9 bilhões, totalizando R$ 37,3 bilhões. 

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No período, o combustível de aviação, principal custo operacional, reduziu 8,3%, totalizando R$ 1,3 bilhão, principalmente devido à redução de 13,2% no preço por litro.

O Ebitda, já apresentado pela empresa em outubro junto com o plano de negócios, foi de R$ 1,9 bilhão, 0,9% abaixo do previsto no plano de recuperação anterior, divulgado em julho.

Já a receita operacional alcançou R$ 5,7 bilhões, 1,7% menor do que a previsão da própria Azul. No balanço, no entanto, a empresa celebrou esta linha, afirmando que ela atingiu um recorde histórico, aumentando 11,8% em relação ao ano anterior, impulsionada principalmente por um ambiente de demanda recorrente e saudável, combinado com as mudanças que fizeram na malha, além de um forte desempenho das unidades de negócios e receitas auxiliares.

Em meio à recuperação judicial, a Azul comunicou que vai ampliar a malha aérea a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, o principal hub da companhia, durante a alta temporada de verão 2025/2026. A empresa deve operar mais 460 voos no período.

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A empresa divulgou também que o conselho de administração confirmou com a United Airlines o equity investment agreement. O contrato jurídico estabelece na prática que a United receberá participação acionária na empresa, mas não citou detalhes.

A reestruturação da empresa já previa a entrada da United Airlines e da American Airlines como sócias da Azul, mas a oferta de ações no mercado é vista com cautela, já que, embora melhore as posições de alavancagem e liquidez, tem potencial significativo de diluição geral das ações.

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Jornalista com atuação há mais de 10 anos nas áreas de finanças, política econômica, macroeconomia, infraestrutura e mineração. É pós-graduado em Jornalismo Científico com bolsa da Fapesp.
augusto.diniz@autor.www.moneytimes.com.br
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