Money Picks

Embraer (EMBR3) avança com isenção tarifária; veja o que fazer com ela e outras ações no Money Picks desta semana

04 ago 2025, 12:14 - atualizado em 04 ago 2025, 12:14

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A Embraer (EMBR3) foi um dos destaques do Money Picks, apresentado por Juliana Caveiro, repórter do Money Times. O programa mostra quais são as principais recomendações da semana, considerando as principais casas de análise, bancos e corretoras.

As ações da companhia tiveram um período de turbulência, com uma queda que chegou a 17% devido ao temor pela tarifa de 50% dos Estados Unidos.

No entanto, aeronaves, peças e componentes de aviação civil terão isenção da tarifa extra de 40%, mantendo apenas a tarifa de 10% já esperada. Com isso, a empresa reverteu o jogo e chegou a subir 22% em apenas 5 dias.

Segundo o Bradesco BBI, o impacto no lucro operacional de 2025 deve ficar em torno de 7%. Além disso, a Embraer pode repassar o preço nas próximas vendas de jatos executivos para o segmento comercial, o que reduziria ainda mais o risco.

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O Santander se mostrou ainda mais otimista, sugerindo que o decreto cita o acordo da OMC para aeronaves civis, o que levanta dúvidas até sobre a permanência da tarifa de 10%. O banco indicou que o pior parece ter ficado para trás.

A expectativa é de que a empresa divulgue resultados mais fortes no segundo trimestre de 2025 (2T25), com mais entregas de aviões e maior entrada de dinheiro em caixa.

Mesmo após a recuperação, os analistas continuam a ver espaço para alta. Bradesco, Itaú BBA e Santander recomendam a compra das ações da Embraer.

  • LEIA TAMBÉM: Leitores do Money Times acessam em primeira mão análises e recomendações sobre a temporada de balanços; vai ficar de fora dessa?

Outro destaque foi a Ambev (ABEV3), que apresentou um lucro acima da expectativa no 2T25, com crescimento de 14% em relação ao 1T25, atingindo R$ 2,79 bilhões.

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Segundo parte dos analistas, o resultado foi possível graças ao controle de custos e a um menor imposto de renda, que compensaram uma queda de 4,5% nas vendas.

O destaque positivo ficou para a América Central e Caribe, onde a rentabilidade melhorou. Por outro lado, o Brasil foi um grande peso negativo, com as vendas de cerveja caindo 9%, a pior marca desde 2020.

Apesar das vendas mais fracas, a Ambev continua gerando caixa, e o conselho aprovou R$ 2 bilhões em dividendos, que devem ser pagos aos investidores em outubro.

O BTG Pactual reconhece o bom controle de custos e o avanço do lucro operacional, mas alerta que o aumento de preços pode afastar consumidores e derrubar volumes.

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Já o Itaú BBA foi o mais cauteloso, observando que, embora a Ambev tenha feito o dever de casa, com o Brasil “patinando”, a recuperação ainda é frágil. No geral, as grandes casas mantêm uma recomendação neutra para a empresa.

O Bradesco (BBDC4) também divulgou seus resultados no 2T25, apresentando lucro de R$ 6,1 bilhões no segundo trimestre, uma alta de 29%. Após trimestres desafiadores, as margens melhoraram e a inadimplência ficou controlada.

As recomendações são mistas, com Safra e Bank of America tendo uma visão mais otimista, apostando na compra dos papéis e na recuperação das ações. Já o BTG adota maior cautela, com recomendação neutra.

O consenso geral é que o pior já passou para o Bradesco, e a ação já subiu cerca de 40% em 2025, com a recuperação do lucro sendo clara. No entanto, para novas altas, o banco precisa provar que consegue manter esse ritmo e avançar na digitalização sem comprometer a qualidade de crédito.

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O programa ainda comentou sobre a Localiza (RENT3), vista como uma oportunidade com potencial de até 60% de valorização, segundo a Empiricus Research.

A empresa não teve um bom desempenho na bolsa em julho, fechando o mês em queda após um decreto do governo que altera o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos.

A nova regra reduz o IPI para veículos mais sustentáveis (elétricos, híbridos ou mais fáceis de reciclar). Isso afeta diretamente a frota da Localiza, que comprou veículos ao longo do ano com IPI cheio e agora precisa competir com modelos isentos de imposto.

No entanto, para os analistas da Empiricus, a Localiza tem tudo para superar o desafio. Eles afirmam que o segmento de seminovos é a “célula de eficiência” da empresa, que já tem respondido à altura, ampliando a oferta de veículos, abrindo novas lojas, internalizando a preparação dos carros e expandindo a base de bancos que fornecem financiamento.

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Para mais detalhes sobre essas análises e para decidir se vale ou não colocar essas ações na sua carteira, acompanhe o Money Picks no canal do Money Times no YouTube.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.