Comprar ou vender?

Embraer: fim do acordo com a Boeing é “devastador” para empresa, avalia Guide

07 maio 2020, 15:39 - atualizado em 07 maio 2020, 15:39
De acordo com a Guide, a Embraer ficou para trás quando comparada aos outros players do mercado externo (Imagem: Divulgação/Embraer)

O divórcio entre Boeing (BA) e Embraer (EMBR3) pode trazer resultados “devastadores” para a brasileira, prevê a Guide Investimentos em relatório enviado a clientes neste quinta-feira (7).

A corretora classificou o fim do negócio como negativo, visto que a companhia, que já foi líder em seu setor, “hoje não possui mais tanta força para se manter competindo no ramo de aviação comercial”.

De acordo com a Guide, a empresa ficou para trás quando comparada aos outros players do mercado externo.

“A Joint Venture seria algo positivo, que poderia ajudar na situação da companhia, mas seu cancelamento trouxe efeitos devastadores”, afirma.

Coronavírus

A pá de cal que assinalou o desfecho nada bom entre Boeing e Embraer foi a pandemia do novo coronavírus, que provocou uma crise de enormes proporções no setor aéreo.

“O setor foi altamente impactado pelo vírus, com as companhias aéreas tendo diminuído sua oferta em cerca de 90%”, afirma.

Para a Guide, a Embraer passou a ter ainda mais custos após o encerramento das negociações, além dos colocados com a pandemia.

BNDES

Para tentar contornar a situação, a companhia está costurando um plano de resgate junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com participação de bancos comerciais, que deve trazer mais US$ 1 bilhão para seu caixa, que estava em US$ 2,8 bilhões no fim do ano.

Na última quarta-feira (06), Sergio Eraldo de Salles Pinto e Israel Vainboim, membros do conselho de administração da Embraer, renunciaram seus cargos.

Ambos atuavam em apoio ao processo de parceria com a Boeing.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.