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Empiricus Crypto Insights: Ainda há esperança para rentabilizar suas criptos

17 out 2019, 15:20 - atualizado em 27 out 2020, 17:08
Colunista discorre sobre a possibilidade de rentabilizar as criptomoedas (Imagem: Pxhere)

Por André Franco

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Antes de iniciarmos o nosso papo de hoje, quero fazer um convite para você acessar um canal gratuito no Telegram que é uma iniciativa da área de criptoativos da Empiricus. A ideia é trazer insights sobre o mercado cripto quase que diariamente, inclusive aos fins de semana, tudo de graça. Dito isso, vamos ao nosso bate papo.

Atualmente, no Brasil, há pelo menos 4 milhões de pessoas envolvidas, ou que se envolveram em pirâmides financeiras. O número é assustador se compararmos com o número de CPFs cadastrados na Bolsa, que só recentemente ultrapassou a marca de 1 milhão.

Por outro lado, acredito que exista talvez a mesma quantidade de pessoas, ou mais, que não caíram em golpes e estão no extremo oposto pois não tiram o dinheiro debaixo do colchão.

Meus pais são exatamente o caso dois e nunca se envolveram em pirâmides financeiras, mas também só colocaram os primeiros 100 reais no Tesouro Direto depois de muita insistência minha. Por isso eu sei como é difícil para muita gente tirar o dinheiro do banco e colocar em outra plataforma, como uma corretora, e ir dormir tranquilo. Apesar de o risco ser o mesmo de um CDB de um banco, existem questões de costumes que assustam as pessoas. Perguntas como “É seguro?”, “Mas quem garante isso?” e “Se a corretora quebrar, meu dinheiro vai junto?” surgem na cabeça de qualquer um quando o assunto é dinheiro.

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Da mesma forma, essa enxurrada de golpes e fraudes no sistema brasileiro envolvendo o bitcoin e outras criptomoedas afeta a percepção das pessoas sobre a segurança do ativo e a sua idoneidade. Mas a tecnologia em si não é boa ou ruim, ela simplesmente é. Descobertas como a dinamite e a energia atômica podem ser usadas tanto para o bem quanto para o mal, dependendo exclusivamente das pessoas.

Por isso sempre serei um defensor da tecnologia e, principalmente, dos projetos bem-intencionados. Dessa forma, quero apresentar neste espaço um serviço que uso no meu portfólio pessoal, e que tenho recomendado a outras pessoas, porque é o mesmo serviço oferecido a investidores profissionais.

A BlockFi é uma plataforma que permite rentabilizar seus bitcoins a uma taxa de 6,2% ao ano. Até o momento, a empresa tem sob gestão US$ 240 milhões de clientes institucionais como fundos. E foi exatamente por essa diferenciação que, recentemente, os maiores investidores do mercado cripto entraram em conjunto para uma rodada de investimento na empresa.

Morgan Creek, Galaxy Digital, Fidelity e Valar Ventures juntas aportaram na BlockFi o valor de US$ 18,3 milhões, com a promessa de expansão do negócio e a captação de mais clientes.

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Como funciona a BlockFi

O funcionamento da plataforma é bem simples e intuitivo. Basta abrir uma conta neste link e seguir os passos para se cadastrar clicando em “GET STARTED” no canto superior direito da página. Então, você verá uma tela parecida com esta:

Você deve preencher os campos com seus dados e prosseguir com os próximos passos, que vão pedir dados pessoais e prova de identidade. Se você já abriu conta em alguma corretora cripto, vai notar que o processo é muito semelhante.

Mais do que uma plataforma que permite fazer seus bitcoins renderem, a BlockFi oferece a opção de empréstimos para clientes institucionais como a Susquehanna International Group (SIG) e a Fidelity.

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Isso quer dizer que o dinheiro que você deixa na plataforma como bitcoin é emprestado para instituições de alto calibre. Além disso, para garantir que não haja calote dos seus tomadores na outra ponta, a BlockFi apenas empresta dinheiro para aqueles que depositam alguma garantia na empresa. Funciona da seguinte forma: um fundo que deseja tomar emprestado 10 bitcoins deve deixar o equivalente a, por exemplo, 15 bitcoins no caixa da BlockFi para se habilitar ao empréstimo.

Outra coisa importante é qualidade do custodiante, que, nesse caso, é a Gemini Trust. A empresa faz custódia de ativos digitais para outros investidores institucionais e também possui seguro de tudo aquilo que está em sua posse. Isso me deixa tranquilo quanto à alocação de capital na BlockFi — neste artigo, o Nicholas Sacchi explica o quão segura é esse tipo de custódia.

Agora, você deve estar se perguntando algo que meu pai me perguntaria também. Se esse serviço é tão bom e tão bem preparado para receber o investidor institucional, com capacidade de aportar bilhões de dólares, por que está aberto para pessoas comuns?

Bem, meu caro e minha cara, essa é uma anomalia que vai durar pouco tempo. Realmente, vários investidores institucionais já estão usando a plataforma da BlockFi e, no panorama geral, um total entre US$ 3 bilhões e US$ 5 bilhões proveniente do investidor institucional já está em cripto. No entanto, esse volume não é suficiente para que o negócio seja sustentável e, por isso, empresas como a BlockFi precisaram expandir seu escopo para atingir mais pessoas. Uma prova disso é que, anteriormente, havia um mínimo de 0,5 bitcoin para se usar a plataforma, mas a empresa teve que zerar esse valor para continuar crescendo.

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Aposto com você que, em pouco tempo, empresas como a BlockFi e outras, que oferecem um serviço de alta qualidade para pessoas comuns, vão aceitar apenas investidores com bilhões na conta. Realmente, estamos diante de uma oportunidade única e dificilmente vamos ver isso acontecer no mercado tradicional, ou até dentro do mercado cripto, nos próximos cinco ou dez anos.

Além da rentabilidade em BTC, é possível rentabilizar ETH e GUSD (dólar sintético criado pela Gemini) a taxas como as mostradas abaixo:

Como você pode ver, a rentabilidade de 6,2% em bitcoin vai até o limite de 5 bitcoins. Além disso, existe restrição de rendimento também para o ether; o único ativo que não tem restrição de rentabilidade é o GUSD. Esses e outros detalhes, posso trazer em futuras postagens neste mesmo espaço.

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Enquanto isso, se quiser me acompanhar por outra rede, também estou no Instagram postando novidades interessantes sobre o mercado cripto diariamente.

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Analista de Criptomoedas
André é Engenheiro Mecatrônico (USP) por formação e Empreendedor por vocação. Ao longo de sua trajetória profissional, já ajudou mais de 80mil pessoas com seus investimentos por meio da startup digital Investeaê e já ganhou prêmios e reconhecimentos da GE Healthcare, da Open Startups Brasil 2017 e do IV Prêmio Brasil Alemanha de Inovação de 2016 por meio da startup de healthcare Oxiot. Atualmente, quer impactar o mercado de Criptomoedas na Empiricus Research.
andre.franco@moneytimes.com.br
André é Engenheiro Mecatrônico (USP) por formação e Empreendedor por vocação. Ao longo de sua trajetória profissional, já ajudou mais de 80mil pessoas com seus investimentos por meio da startup digital Investeaê e já ganhou prêmios e reconhecimentos da GE Healthcare, da Open Startups Brasil 2017 e do IV Prêmio Brasil Alemanha de Inovação de 2016 por meio da startup de healthcare Oxiot. Atualmente, quer impactar o mercado de Criptomoedas na Empiricus Research.