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Empresários do ramo de alimentação esperam retorno lento dos clientes, diz pesquisa

20 jul 2020, 16:02 - atualizado em 20 jul 2020, 16:02
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Para 38% dos empresários, o setor de alimentação vai demorar entre seis e 12 meses para voltar ao nível pré-crise (Imagem: Unsplash/@cdc)

Para a maioria dos empresários do ramo de alimentação no Brasil (71%), menos da metade dos clientes voltará a frequentar os estabelecimentos nos primeiros 30 dias posteriores à reabertura. É o que revela a nova pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurante (Abrasel).

O levantamento também indicou que 54% dos negócios apresentaram perdas acima de 75% no faturamento com a disseminação da covid-19. Os serviços de buffet foram os mais impactados, embora as empresas de shopping centers também tenha sofrido bastante com a pandemia, registrando quedas de 82%.

Para 38% dos empresários, o setor vai demorar entre seis e 12 meses para voltar ao nível pré-crise.

Na avaliação de Carlos Melles, presidente do Sebrae, a doença mudou o modo de consumo dos clientes. Para atraí-los, os empreendedores precisarão se reinventar, adequando-se ao “novo normal”.

“É fundamental comunicar com transparência as adaptações providenciadas e os cuidados com a segurança dos alimentos, com o distanciamento entre clientes e a devida higienização do espaço”, destaca o executivo.

A pesquisa ainda mostrou que 45% das empresas demitiram, 55% suspenderam contratos e 51% reduziram a jornada de trabalho ou o salário. Em relação a renegociações, quase 70% dos empreendedores tiveram que renegociar o aluguel; outros 65% renegociaram dívidas ou prazos com fornecedores.

Delivery

Para evitar o fechamento dos estabelecimentos, os empresários recorreram aos métodos de serviço de delivery e drive thru. De acordo com a pesquisa, 72% das empresas estão realizando entregas, sendo que uma em cada quatro começou a utilizar o método durante a quarentena.

O formato de delivery escolhido pelos empresários recai sobre o conhecimento do consumidor sobre o aplicativo (26%), a possibilidade de delivery próprio (25%) e taxas mais baixas (21%).

As redes sociais também se tornaram uma alternativa em tempos de pandemia: o Instagram vem sendo utilizado por 59% dos estabelecimentos, enquanto 57% deles estão presentes no WhatsApp (Imagem: Freepik/natanaelginting)

As redes sociais também se tornaram uma alternativa em tempos de pandemia. O Instagram vem sendo utilizado por 59% dos estabelecimentos, enquanto 57% deles estão presentes no WhatsApp.

Apesar das dificuldades no curto prazo, Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, afirma que o setor está pronto para a retomada.

“A própria pesquisa mostra que os empresários entenderam a importância de se adaptar para reconquistar a confiança do cliente”, comenta.

Metodologia

A pesquisa, realizada entre 28 de maio e 8 de junho, ouviu 1.532 empresários de 26 estados e o Distrito Federal, sendo 32% deles Microempreendedor Individual (MEI), 28% Microempresa (ME), 37% Empresa de Pequeno Porte (EPP) e 2% composto por médias ou grandes empresas.

A maioria dos participantes possui apenas uma empresa no ramo da alimentação.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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