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Energias do Brasil dribla crise hídrica no 2º tri, mas altos investimentos podem limitar dividendos

27 jul 2021, 14:14 - atualizado em 27 jul 2021, 21:14
Energias do Brasil EDP ENBR3
Segundo o Safra, os projetos de transmissão sob desenvolvimento são o principal catalisador do estoque e deve impulsionar os resultados (Imagem: Unsplash/@antoineboissonot)

A Energias do Brasil (ENBR3) reportou resultados dentro da média do mercado, o que pode ser considerado um alívio dada a situação hídrica do país.

A empresa viu o seu lucro subir 45%, para R$ 344 milhões no segundo trimestre.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), por sua vez, somou R$ 800 milhões entre abril e junho, alta de 36,3% versus um ano ante e 4% acima das expectativas.

De acordo com o Safra, as estimativas ficaram abaixo na geração e na distribuição de energia, parcialmente compensado por resultados melhores do que o esperado no Pecém.

A inadimplência atingiu R$ 33,8 milhões, 3% acima do esperado pelo banco.

O Bank of America lembra que na distribuição, houve uma queda de 5% no Ebitda.

Já a geração hidrelétrica despescou 30%, principalmente devido às compras de energia acima do esperado devido ao atual déficit hídrico.

“Embora saudemos a melhoria das tendências operacionais na distribuição, esperamos que as margens de geração hidrelétrica continuem pressionadas no segundo semestre”, aponta.

Para a XP, a estratégia de sazonalização e comercialização de energia permitiu que a elétrica mitigasse os efeitos do risco hidrológico no trimestre.

Recomendação

Segundo o Safra, os projetos de transmissão sob desenvolvimento são o principal catalisador do estoque e devem impulsionar os resultados.

Já o BofA afirma que a taxa interna de retorno (TIR) de 11% está abaixo dos seus concorrentes.

Além disso, os altos investimentos podem limitar os dividendos da elétrica.

O banco tem recomendação underperform (abaixo do desempenho) para as ações da Energias do Brasil.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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