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Eneva reitera intenção de iniciar tratativas para fusão com AES Tietê

13 mar 2020, 11:12 - atualizado em 13 mar 2020, 11:12
Setor Elétrico Energia Elétrica
As dificuldades na negociação levaram a Eneva a apresentar em 1° de março a proposta de R$ 6,6 bilhões (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

A elétrica Eneva (ENEV3) divulgou nesta sexta-feira carta enviada à AES Tietê (TIET11) na qual reitera intenção de iniciar tratativas para fusão das operações, após a oferta da primeira, de 6,6 bilhões de reais, em dinheiro e ações, ter sido vista com hostil pela rival.

A Eneva disse que solicitou reunião no dia 16 ou 17 de março, para apresentar e debater a oferta, “bem como combinar os termos e a forma de disponibilização de informações de parte a parte, visando a negociação e eventual acordo”.

Na véspera, a AES Tietê enviou carta à Eneva na qual afirma que determinados pontos da proposta parecem “incompletos” ou “não conclusivos”.

Na véspera, o diretor financeiro da Eneva, Marcelo Habibe, disse em entrevista à Reuters que a empresa já mostrou disposição para explicar os méritos da proposta, que seria “boa para todo mundo”, com a criação de uma “gigante de energia”.

Habibe revelou ainda que a Eneva manteve desde janeiro passado conversas com a norte-americana AES Corp para uma possível fusão das empresas no Brasil, mas que as tratativas não avançaram mesmo após reuniões nos Estados Unidos.

As dificuldades na negociação levaram a Eneva a apresentar em 1° de março a proposta de 6,6 bilhões de reais.

Para a AES a transação não se encaixaria no plano estratégico do grupo, que anunciou em fevereiro que pretende acelerar metas de descarbonização (Imagem: Reuters/Rodrigo Garrido)

A proposta da Eneva, válida inicialmente por 60 dias, está agora em avaliação na AES Tietê, que disse que irá contratar assessores financeiros para ajudá-la na análise.

A Eneva controla termelétricas a gás e carvão e campos de exploração de gás, enquanto a AES Tietê tem hidrelétricas e usinas eólicas e solares, em portfólios vistos por analistas como fortemente complementares.

Mas para a AES a transação não se encaixaria no plano estratégico do grupo, que anunciou em fevereiro que pretende acelerar metas de descarbonização.

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