Comprar ou vender?

Engie (EGIE3): XP cita 3 riscos e diz se vale a pena comprar ação; veja recomendação

30 maio 2025, 13:20 - atualizado em 30 maio 2025, 13:20
Engie
A ação está sendo negociada a uma TIR real alavancada pouco atraente de 8,7%, ante a média do setor de 10% (Imagem: REUTERS/Benoit Tessier)

A XP atualizou o preço-alvo da Engie (EGIE3) de R$ 42 para R$ 40 e manteve a recomendação em neutra. Segundo a casa, as restrições para o papel continuam o mesmo: caro, com uma TIR (taxa interna de retorno) baixa.

Além disso, a casa também cita:

  • um valuation apertado quando comparada aos seus pares;
  • um saldo ainda significativo de energia descontratada no médio e longo prazo a ser resolvido;
  • projetos relevantes atualmente em desenvolvimento que exigem capex adicional e alavancagem sustentada.

A Engie ainda tem grandes projetos greenfield a entregar, tais como a usina solar Assú (capex estimado em R$ 3,3 bilhões), a linha de transmissão Asa Branca (capex estimado pela Aneel em R$ 2,7 bilhões) e linha de transmissão Graúna (capex estimado pela Aneel em R$ 2,9 bilhões).

  • Glossário: Capex (Capital Expenditure) é o investimento feito por uma empresa para adquirir, melhorar ou manter ativos físico

“A ação está sendo negociada a uma TIR real alavancada pouco atraente de 8,7%, ante a média do setor de 10%”.

A XP recorda que de acordo com os resultados do primeiro trimestre de 2025, a Engie ainda mantém uma posição substancial de energia descontratada, com 1.269 MWmed (megawatt médio), 1.959 MWmed e 2.030 MWmed disponíveis para venda em 2028, 2029 e 2030, respectivamente.

“Gerenciar essa exposição continua sendo um desafio devido à volatilidade dos preços de energia de curto prazo, especialmente com as divergências de PLD, diferença entre a energia contratada e a energia efetivamente gerada, entre submercados que afetaram várias geradoras durante o primeiro trimestre de 2025”.

Por outro lado, diz a XP, a Engie conseguiu manter um impacto neutro em seu balanço energético, refletindo sua forte expertise em comercialização.

Além disso, os recentes desenvolvimentos de mercado, marcados por chuvas abaixo do esperado e demanda resiliente por energia, elevaram os preços de longo prazo acima de R$180/MWh, segundo dados da Dcide.

“Já incorporamos parcialmente essa tendência favorável de preços de longo prazo em nossas estimativas”.

No ano, a ação da Engie sobe 17%, a R$ 41.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.