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Entenda os motivos da gasolina estar tão cara

15 set 2021, 10:21 - atualizado em 15 set 2021, 10:21

Brasileiros de todos os cantos do país já sentiram no bolso a dificuldade de, neste ano, encher o tanque com gasolina nos postos de combustíveis, o que em termos macroeconômicos, puxou a alta da inflação em agosto.

A principal variável responsável pela performance recente nos preços dos combustíveis é o câmbio, aponta analista Vitor Sousa, da Genial Investimentos.

A recente desvalorização do real frente ao dólar fez com que o preço nas bombas disparasse. Outros ingredientes que fazem parte da conta da gasolina são: preço internacional do petróleo, impostos e custos operacionais.

O especialista relembra que o petróleo, um dos pontos-chave no preço da gasolina, não é o mesmo ao redor do mundo.

“Quando se fala em preço internacional do petróleo, as grandes referências (benchmarks) são o Brent e WTI. O petróleo Brent é mais famoso e serve como referência para o preço de pelo menos 60% de todo petróleo do mundo — inclusive aqui”, explica Sousa.

O Brasil não é auto suficiente em petróleo porque não produz a commodity nas proporções exatas de acordo com as nossas necessidades. Sendo assim, o país precisa importar petróleo e derivados, capturando tanto a alta do barril — cotado acima de US$ 70 — quanto da moeda norte-americana.

“À medida que o Brasil não é verdadeiramente autossuficiente, a Petrobras (PETR4) precisa vender seus produtos/derivados ao preço de mercado internacional. Caso o contrário, irá incorrer em perdas financeiras via subsídio dos derivados a serem vendidos no mercado interno”, justifica o analista da Genial.

Quão cara é a gasolina no Brasil?

Mesmo com a imensa dificuldade que muitos brasileiros têm enfrentado para colocar a gasolina dentro do orçamento, o Brasil não tem a gasolina mais cara do mundo.

Na realidade, entre 167 nações do mundo, Brasil tem a 88º gasolina mais cara do mundo – “no meio do caminho”, por assim dizer.

A evolução do preço da gasolina está mais relacionada à recente desvalorização cambial do que a evolução do próprio preço do petróleo, reforça o especialista.

Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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