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Entenda por que Ambev (ABEV3) está travada na recomendação ‘neutra’ do BTG há anos

26 maio 2022, 16:07 - atualizado em 26 maio 2022, 16:07
Ambev
Ação da Ambev oferece pouco retorno potencial, diz BTG (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

O BTG Pactual (BPAC11) segue com recomendação “neutra” para as ações da Ambev (ABEV3). Essa visão é a mesma há anos, como o próprio banco destacou em relatório divulgado nesta quarta-feira (25).

O principal motivo por trás da longa ausência de um rating de compra é a pressão nas margens da cervejaria. O BTG via a mudança dos canais de consumo de cerveja e embalagens no Brasil como prejudiciais à capacidade da empresa de sustentar seu valor de marca, consequentemente reduzindo seu poder de precificação.

“O potencial de valorização das ações foi, assim, interrompido por contínuas revisões negativas dos lucros nos últimos anos”, afirmam Thiago Duarte, Henrique Brustolin e Bruno Lima, da equipe de análise.

O BTG destaca a forte correlação histórica dos preços das ações de empresas de bebidas com as taxas de juros. De acordo com o banco, o setor de bens de consumo tem se beneficiado de taxas baixas durante a maior parte da última década. Com a elevação dos juros para tentar combater a inflação crescente, os analistas acreditam que empresas inseridas nessa indústria podem apresentar múltiplos mais baixos.

“Acreditamos que esse processo já começou, com as cervejarias globais agora negociando 8% abaixo da média de cinco anos”, avaliam Duarte, Brustolin e Lima.

Novas estimativas

O BTG ajustou as estimativas da tese da companhia após os resultados do primeiro trimestre. O banco revisou a projeção para o lucro no ano, de R$ 10,7 bilhões para R$ 12,2 bilhões, incorporando impactos inflacionários positivos na Argentina, bem como a redução da alíquota efetiva de imposto de renda.

O BTG ainda espera que os volumes na cerveja brasileira caiam devido à queda na demanda com a inflação de alimentos e uma menor renda disponível, mais do que compensando o ganho de participação de mercado “impressionante” da Ambev.

A instituição vê a ação oferecendo pouco retorno potencial, negociada a 18,1 vezes P/L (preço sobre lucro) estimado para 2022. O preço-alvo sugerido é de R$ 16.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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