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Entrevista: Com recursos de gamificação e programas de recompensas, VIK leva “onda fitness” para empresas

12 abr 2021, 16:41 - atualizado em 12 abr 2021, 16:41
Pedro Reis, VIK
Pedro Reis, um dos sócios fundadores da VIK (Imagem: Divulgação/VIK)

O bem-estar físico e mental é uma pauta que tem ganhado relevância no mundo corporativo. Com o cenário da pandemia de Covid-19, empresas passaram a olhar com mais atenção para a saúde de seus funcionários.

Foi nesse contexto que a VIK viu uma oportunidade para crescer no mercado.

Fundada em 2016 pelos sócios Pedro Reis e Tomás Camargos, a startup de Minas Gerais com soluções para estimular a realização de atividades físicas entre colaboradores de empresas viu a demanda subir de maneira expressiva no último ano.

“Quando a pandemia começou, houve uma certa dificuldade para os RHs, que ficaram sem saber o que fazer. Tinham que mandar funcionário para casa, mudar folha de ponto… Tivemos nos dois primeiros meses uma queda de movimento grande. Mas depois isso se reverteu totalmente. As empresas começaram a colocar a saúde em primeiro lugar”, disse Reis, em entrevista ao Money Times.

Criada como uma alternativa aos planos de saúde privados, a VIK desenvolve programas de gamificação para empresas com foco no bem-estar dos funcionários. A startup desenvolveu um aplicativo onde é possível subir de nível e acumular pontos à medida que o usuário cumpre as metas de exercício físico.

Esse nem sempre foi o modelo de negócio adotado pela startup. Segundo Reis, a empresa começou a pensar em aplicações para equipes inteiras de trabalho apenas em 2018. Foram anos desenvolvendo um produto que melhorasse a qualidade de vida dos empregados e ao mesmo tempo gerasse valor às empresas.

“Estimular as pessoas diariamente é basicamente a essência da gamificação. Quando você traz isso para o dia a dia da pessoa, às vezes você consegue mudar o comportamento dela porque você traz uma luz totalmente diferente. A gente tira o foco da atividade física e joga para a gamificação”, contou.

Além dos custos elevados dos planos de saúde privados, Reis afirmou que existe um problema de curtíssimo prazo relacionado à produtividade dos colaboradores que a VIK tenta resolver.

“Se você tem uma empresa de 1 mil pessoas, e tem 25% mais de chance de todo mundo produzir mais, você tem uma lacuna de oportunidade muito grande”, afirmou o sócio-fundador.

A equipe da VIK é atualmente formada por cerca de 20 pessoas. São mais de 35 empresas clientes, dentre elas Localiza (RENT3), Hermes Pardini (PARD3), iFood e Maersk, e cerca de 15 mil colaboradores ativos – ou seja, aqueles que fazem atividade pelo menos três vezes por semana na plataforma.

Aplicativo VIK
Aplicativo VIK (Imagem: Divulgação/VIK)

Engajamento

Uma das principais preocupações da VIK é manter os usuários do aplicativo engajados. Para evitar que o programa se torne obsoleto, a startup tem como meta lançar um produto a cada três meses.

No começo deste ano, a VIK criou dois produtos novos. O primeiro, lançado em janeiro, foi um programa de milhagens batizado de VIK Bônus. O usuário que registrar as atividades no aplicativo da VIK acumula bônus que podem ser trocados por cupons de descontos de até 60% e prêmios oferecidos pelos parceiros da empresa.

Nesse mês, a startup lançou o VIK Fit, um programa com videoaulas de atividades físicas gravadas em estúdio por uma academia parceira. A VIK pretende expandir o conteúdo para programas de nutrição e saúde mental e fechar parcerias com profissionais de educação física e influenciadores digitais que atuam no segmento.

Metas ambiciosas

A VIK tem como um dos maiores objetivos lançar seu negócio em escala global. A empresa já está com uma operação teste na Colômbia, mas quer atuar em outros países também.

“O Brasil é um mercado gigante para nós, mas nada nos impede de botar a operação nos Estados Unidos, na Europa… É muito mais uma questão de foco”, comentou Reis.

Pensando no curto e médio prazos, a VIK tem a meta de entrar no maior número de empresas possível. A startup quer chegar até a marca de 1 mil empresas em dois ou três anos e não descarta a possibilidade de abrir o aplicativo para pessoas físicas.

“Nossa visão é ter mais de 1 mil empresas ativas na VIK. Quando tivermos mais de 1 mil, a gente quer pensar em abrir para pessoas físicas, mas com uma proposta de valor totalmente diferente do que existe no mercado, para não sermos mais um em meio a vários”, completou Reis.

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