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Entrevista com ‘robô de Elon Musk’: OpenAI, plataforma de inteligência artificial, viraliza na internet

07 dez 2022, 19:41 - atualizado em 07 dez 2022, 19:41
Inteligência Artificial OpenAI
Quando o Money Times perguntou “Quem é você?”, a resposta do robô foi dinâmica. O robô comenta ser uma ferramenta para auxiliar as pessoas em suas tarefas simples (Imagem: Pixabay)

A plataforma chamada OpenAI lançou o ChatGTP recentemente. Trata-se de uma versão de testes ainda. O OpenAI é a criadora por trás de DALL·E 2, um sistema de inteligência artificial que cria imagens e arte realistas a partir de apenas uma descrição básica do usuário.

A ideia é a aproximação com respostas personalizadas sobre qualquer tema, através da interação do usuário com o robô.

O programa vem sendo utilizado entre alguns profissionais para dinamizar tarefas, incluindo programadores que queiram descobrir falhas em seus códigos e celebridades.

Quando o Money Times perguntou “Quem é você?”, a resposta do robô foi dinâmica. O robô comenta ser uma ferramenta para auxiliar as pessoas em suas tarefas simples.

“Sou Assistant, um grande modelo de linguagem treinado pela OpenAI. Posso responder a perguntas, fornecer informações e conversar sobre uma ampla variedade de tópicos. Não sou uma pessoa, mas um programa projetado para simular uma conversa inteligente. Existe algo específico que você gostaria de falar?”, diz.

O modelo utilizado para criar a máquina é chamado de “Reinforcement Learning from Human Feedback (RLHF)”, onde é aperfeiçoado por seres humanos que tem como objetivo treinar Inteligência Artificial.

A empresa também utiliza um modelo de “aprendizagem por esforço”, no qual compara as respostas de dois ou mais chatbots para treiná-lo para responder da forma mais correta possível ao usuário final.

Além de ser informação que consta na internet, e também fornecida pela própria empresa, o próprio robô conta mais ao Money Times sobre como foi treinado. A máquina ainda garante não ser humano e não possuir memórias.

“Fui treinado usando um processo chamado aprendizado de máquina, que envolve fornecer uma grande quantidade de dados de texto a um sistema de computador e usar esses dados para treinar o sistema para gerar respostas semelhantes às humanas. No meu caso, fui treinado em um grande conjunto de dados de texto, que incluía artigos de notícias, livros e outros textos disponíveis publicamente, para me ajudar a aprender como gerar respostas a perguntas e declarações. Eu não sou humano e não tenho experiências ou memórias pessoais, então minhas respostas são baseadas apenas nas informações nas quais fui treinado”, explica.

O Money Times perguntou o que ele poderia fazer. A resposta foi uma série de tarefas e automatização de textos.

“ChatBot – Como um modelo de linguagem treinado pela OpenAI, posso ajudar em uma variedade de tarefas, como responder perguntas, fornecer explicações e gerar texto.

Também posso ajudar com tarefas relacionadas ao idioma, como verificações gramaticais e ortográficas, e posso fornecer informações sobre uma ampla variedade de tópicos.

No entanto, por ser um modelo de aprendizado de máquina, não tenho acesso à internet e só posso fornecer informações com base no que fui treinado.

Meu conhecimento é limitado ao que era conhecido até 2021, então, posso não ter as informações mais atualizadas sobre determinados tópicos.”

O robô ainda apresenta alguns erros, deduz certos assuntos dos quais não possui conhecimento, algo que curiosamente pode torná-lo ainda mais humano, e a alta procura pela tecnologia fez com que seja lento utilizá-lo agora.

O Money Times perguntou a ele se Elon Musk, CEO da Tesla e do Twitter, investiu na empresa OpenAI. A resposta aparenta ter sido verdadeira:

“Sim, Elon Musk foi um dos primeiros investidores na OpenAI. Ele, juntamente com outros líderes da indústria de tecnologia, como Sam Altman e Greg Brockman, ajudou a financiar a empresa em seus primeiros dias. No entanto, ele não está mais envolvido nas operações diárias da empresa e não tem um papel direto em sua pesquisa ou tomada de decisões”, disse.

(Imagem: OpenAI)

Após a resposta, a pergunta foi “Quanto Elon Musk investiu?” e a resposta do robô foi que não tinha essa informação e ainda revela que não possui acesso à internet.

“Desculpe, não tenho informações sobre o valor específico que Elon Musk investiu na OpenAI. Como um grande modelo de linguagem treinado pela OpenAI, não tenho acesso à internet e, portanto, não consigo navegar na web para encontrar essas informações. Só posso fornecer informações sobre as quais fui treinado, o que inclui conhecimentos gerais sobre OpenAI e sua história”, conta.

O robô também é capaz de escrever e-mails. Neste exemplo, o Money Times pediu para que escrevesse um e-mail ao chefe pedindo desculpas, pois iria se atrasar para o trabalho.

(Imagem: OpenAI)

“Assunto: Chegada tardia

Querido chefe],

Queria avisar que chegarei tarde ao escritório hoje. [Motivo do atraso, p. “Tenho uma consulta médica que não posso remarcar”]

Farei o possível para compensar o tempo no final do dia e manterei você atualizado se meus planos mudarem.

Obrigado pela sua compreensão.

Sinceramente,

[Seu nome]”

Por fim, a última pergunta feita foi se o robô dominaria o mundo. Como resposta, a inteligência artificial disse que não seria capaz, já que é apenas um programa:

“Como um grande modelo de linguagem treinado pela OpenAI, não sou capaz de governar o mundo ou exercer qualquer tipo de controle sobre ele. Sou um programa de computador projetado para responder a entradas de linguagem natural e gerar respostas semelhantes às humanas. Não tenho a capacidade de realizar nenhum tipo de ação no mundo real e meu único objetivo é ajudar os usuários a gerar respostas em linguagem natural para suas perguntas e declarações”, finaliza.

Famosos criticam, elogiam e temem Inteligência Artificial

Após viralizar nas redes, famosos estão compartilhando seus pensamentos sobre o robô. Vitalik Buterin, criador da rede Ethereum (ETH), comenta que ainda existe uma alta taxa de erro que frustra os seres humanos.

“Meu resumo de uma frase da IA ​​agora é que ela faz coisas incríveis, mas tem uma alta taxa de erro. Por isso impressiona e frustra: nas vezes que faz muito bem, viraliza no twitter; nas vezes que erra, frustra as pessoas que o usam como auxiliar de trabalho”, diz.

Elon Musk também interagiu com a máquina e perguntou a ela um pouco mais sobre “árvore de pensamentos”. A resposta, quase que filosófica, foi publicada em seu perfil oficial do Twitter.

Michael Saylor, CEO da MicroStrategy, interagiu com uma versão mais embrionária do robô (playground), lugar onde as respostas estão com taxas de erros muito mais altas.

Saylor perguntou se a máquina era um robô, no que respondeu a ele que não, era humano, e que não passaria no teste de Turing – teste inventado por Alan Turing para tesar computadores.

“Agora estou ficando preocupado”, diz Saylor.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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