Entrevista: O sinal mais importante do bitcoin (BTC) no primeiro semestre que pode garantir o patamar de US$ 200 mil ainda em 2025, segundo o CEO da Coinext

Prever o preço do bitcoin é uma tarefa bastante complexa, dada a complexidade e a volatilidade natural do setor de ativos digitais. Mas José Artur Ribeiro, CEO da Coinext, uma das principais plataformas de criptomoedas do Brasil, deixou o “conservadorismo” de lado quando o assunto vira a cotação do BTC.
“Eu realmente acredito que pode chegar a US$ 200 mil, não vou ser conservador. O próximo alvo pode ser US$ 130 mil, US$ 150 mil, mas os US$ 200 mil é um número fatídico para o mercado”, explica Ribeiro.
A adoção institucional e o fluxo positivos para os ETFs (fundos de índice negociados em bolsa) de criptomoedas, nem como o ambiente regulatório favorável nos Estados Unidos, contribuíram para a “pernada” do primeiro semestre, que garantiu ao bitcoin a renovação das máximas históricas em US$ 111.900.
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Mas, para o segundo semestre, o que deve sustentar o bom desempenho do BTC é a estratégia de tesouraria com bitcoin das empresas em bolsa, tanto aqui no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Isso porque Ribeiro estava na Consensus quando ouviu uma centena de representantes de empresas afirmando que estudam estratégias para manter a maior criptomoeda do mundo em caixa. “Metade da conferência era sobre o encarteiramento de bitcoin para empresas”.
Tesouraria em bitcoin (BTC) segura a oferta
No mesmo evento, o CEO da Coinext encontrou com Rudá Pellini, fundador da empresa de mineração de bitcoin Arthur Mining.
“Eu perguntei para o Rudá: ‘E os mineradores, estão vendendo [bitcoins]?’ E ele me respondeu: ‘Ninguém’”, comentou Ribeiro.
Ou seja, isso significa que os “emissores” de bitcoin não estão colocando suas moedas à venda. Com o apetite de fundos, grandes gestoras — e, agora, empresas com estratégias de cripto em tesouraria —, o número de BTCs disponíveis está cada vez mais escasso.
Em outras palavras, a demanda crescente por bitcoin e uma oferta cada vez menor, os preços tendem a subir substancialmente no segundo semestre.
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As teses do mercado cripto — no governo Trump
Desde quando assumiu a Casa Branca, Donald Trump se destacou por ser bastante favorável ao setor de criptomoedas. Assim, o presidente dos EUA impulsionou propostas de uma reserva estratégica de bitcoin e o Genius Act, a lei que busca regular as stablecoins.
Além disso, Ribeiro comenta que bitcoin e stablecoins devem ser as teses do momento. “Se houve uma altseason, ela já passou”, comentou, em referência ao momento no qual as altcoins (criptomoedas alternativas) tem um desempenho superior ao do BTC.
Para ele, ainda há uma concentração muito grande do mercado de criptomoedas em BTC e stablecoins. Outras moedas focadas em infraestrutura, como ethereum (ETH) e a solana (SOL), devem despontar quando a Web3 for mais popular.
“Mas eu acho que essa discussão de infraestruturas vai ficar para depois”, diz.
No caso das stablecoins, o governo tem estimulado o dólar tokenizado porque é uma forma de penetração da moeda norte-americana na economia digital. Entenda mais aqui.