Sucroenergia

Epidemia na China trava deslanche do açúcar, mas sem esvaziar potencial de alta

07 fev 2020, 15:47 - atualizado em 07 fev 2020, 15:52
Açúcar tem margens mais estreitas de alta graças ao coronavírus (Imagem: Vincent Mundy/Bloomberg)

O açúcar raspa um teto de preços que poderia até ser rompido, para o bem dessa commodity que há tempos não experimenta um bom momento como o atual. Mas o coronavírus pegou o mercado pelo flanco da aversão ao risco e também enviesadamente contra alguns fundamentos.

Nova York teria suporte para estar com as telas de março e maio, nas posições mais curtas, dos 15 centavos de dólar por libra-peso para cima. Já que os déficits recorrentes da produção indiana, de 23% no acumulado de outubro a janeiro, como Money Times trouxe há alguns dias, sustentam um escalada mais firme.

Nesta sexta, os contratos fecharam em mais 14,92 c/lp o março, com alta de 0,18 pontos, e o maio em mais 0,15, 14.69 c/lp.

A resistência vem na esteira da migração de potenciais recursos de investidores que poderiam arriscar na commodity mas são desviados para ativos de menor risco, porém o analista Maurício Muruci verifica os cenários que vieram com o impacto da epidemia sobre a economia.

A Índia cancelou alguns embarques, segundo ele, porque os navios não são descarregados na China. Juntando com a desvalorização do real e das moedas dos países originadores, enquanto o dólar index sobe no mundo, as fixações de exportadores aumentam.

Daí, lembra Muruci, da Safras & Mercado, “tem muita gente na entrega física de março”. Mercado nenhum sustenta preços com muito oferta, mesmo que concentrada.

Ainda de lambuja, o petróleo segue derretendo. Petróleo em baixa, pressiona o etanol e o mercado enxerga mais açúcar no mix brasileiro.

E isso também mantém represados os vencimentos na ICE Futures quando poderiam estar melhor do que estão.

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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