Equipe de Bolsonaro culpa Guedes por avanço de Lula e quer ‘cavalo de pau’ para preços de combustíveis, diz site

A equipe que está trabalhando na reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), conhecida como “QG de Bolsonaro”, está culpando o ministro da Economia, Paulo Guedes, pelo avanço de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas eleitorais mais recentes, segundo informações do blog de Andréia Sadi no g1.

Isso porque, na semana passada, o Datafolha divulgou que o petista tem a maioria da intenção de votos no primeiro turno, com 48%, enquanto o atual presidente aparece em seguida com 27%.

Para os assessores políticos de Bolsonaro, Guedes é “resistente” por não ceder ao subsídio temporário aos combustíveis, o que aliviaria o preço para o consumidor final, diz o g1.

O site ainda afirma que, mesmo após Guedes conseguir colocar um nome de sua confiança como ministro de Minas e Energia e indicar o terceiro presidente da Petrobras no governo Bolsonaro, ainda sujeito à aprovação, a ala política do governo critica as medidas do ministro, afirmando que Guedes não causará efeito na eleição.

A solução para o problema, segundo os assessores de Bolsonaro, é “um cavalo de pau imediato na economia”, como, por exemplo, o uso de uma parte dos royalties do estado para subsidiar os combustíveis. Segundo o g1, a equipe econômica argumenta que fazer isso furaria o teto de gastos.

E a briga continua, uma vez que a equipe política de Bolsonaro acredita “não haver mais alternativas se o presidente quiser conter o avanço de Lula nas pesquisas, que atribuem ao aumento dos combustíveis”. O g1 afirma que “a frase repetida à exaustão entre ministros é de que a definição da eleição está nas mãos do governo já que é a ‘economia que elege e derruba presidente'”.

“O eleitor está preocupado com o arroz e feijão dele, não quer saber o que está acontecendo na Europa quando não consegue comer”, disse um ministro ao g1 sobre a justificativa de que os preços dos produtos brasileiros estão subindo por conta da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

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Na Câmara dos Deputados, aliados ao governo também afirmaram ao g1 que “é preciso declarar uma situação de ‘emergência’, com a desculpa da guerra, e liberar o subsídio”. Sadi afirma ainda que o presidente da Câmara, Arthur Lira, deve procurar Guedes “para pressioná-lo a mudar de postura no assunto”.

Como cita o blog de Sadi, a preocupação da equipe bolsonarista não é de um todo irracional, já que o comitê de Lula acredita que “acertou o tom ao definir como mote da campanha a crítica à agenda econômica do presidente da República”, usando como estratégia a repetição de críticas relacionadas aos preços dos combustíveis e à inflação em comerciais políticos.

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