Agronegócio

Escassez e aposta em demanda à frente deixam boi magro valendo mais que o gordo de hoje

23 set 2019, 15:29 - atualizado em 23 set 2019, 15:30
Boi de confinamento é só o que tem de disponível para abastecer os frigoríficos

O tamanho do apetite dos frigoríficos para os próximos meses, juntando a sazonalidade do mercado interno mais a demanda para exportações, apontam para uma caça ao boi magro pelos confinadores. Como a escassez é forte, também ajudando a pressionar positivamente o preço hoje, a dificuldade em encontrar volume empurra mais os valores acima do boi gordo nesta segunda (23).

Em São Paulo, Juca Alves, de Barretos, vendeu boiada “cruzadona, misturadona”, a R$ 165,00 à vista. Acima dos R$ 163,00 que o Minerva paga pelo boi China.

Em Goiás, Ricardo Heise fala em R$ 160,00 o magro (acima de 14@), “para pesar”, também animal comum, destacando, como outros do grupo do AgroAgility, que não há disponibilidade. E quem tem segura.

Para efeito de comparação, o preço médio de balcão da Scot, na região de Goiânia, para o boi comum, é de R$ 142,00 no ato, livre de Funrural.

Mas não é unanimidade a cotação no estado. Mozart de Carvalho, de Jataí, comprou para a R$ 149,00 encher o confinamento com sua própria boiada.

Aquecimento

No dia a dia, o mercado segue aquecido. Marco Garcia, de Três Lagoas, viu negócios a R$ 150,00 à vista em Três Lagoas, igualmente animal comercial, para descontar. E escalas de três a cinco dias.

“Vendi vaca a R$ 145,00 e embarca amanhã”, comenta Garcia, ex-presidente do Sindicato Rural de Três Lagoas.

No Sul de Goiás, Mozart de Carvalho negociou lote para embarcar semana que vem a R$ 149,00.

E se o Minerva fosse comprar fora do termo e parcerias, com negócios como o relatado por Juca Alves (sic), no máximo pagaria R$ 160,00 pelo boi comum. Mas nessa categoria a unidade de barretense do Minerva está bem abastecida, acredita o produtor.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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