Economia

Este parque foi símbolo de uma geração, quase faliu e agora quer voltar aos tempos de glória 

10 dez 2025, 15:53 - atualizado em 10 dez 2025, 15:53
Hopi Hari
(Imagem: Reprodução/ Site)

O Hopi Hari já foi sinônimo de auge para uma geração que cresceu nos anos 2000 ao som de “Akî Hô, meu povo!”. Depois virou caso de crise, dívidas bilionárias e manchetes pouco animadoras. Agora, tenta escrever a terceira fase da própria história — a mais ambiciosa delas. 

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Recém-saído da recuperação judicial, o parque de Vinhedo engatou um plano de R$ 280 milhões em investimentos até 2028, que inclui novas atrações importadas, reurbanização de áreas inteiras, projetos imobiliários dentro do complexo e até um shopping a céu aberto inspirado em ícones de Los Angeles e Orlando. 

O objetivo é claro, como resume o empresário Nuno Vasconcellos em entrevista para a Bloomberg Línea: “Queremos ser o maior parque da América Latina.” 

Do auge ao colapso, e à retomada 

A recuperação não foi trivial. Após anos de turbulência e mudanças de gestão, o Hopi Hari acumulou uma dívida que chegou a R$ 1,4 bilhão. Sob supervisão judicial, reestruturou operações, renegociou contratos e reduziu passivos para cerca de R$ 600 milhões. 

Em setembro, o juiz responsável decretou oficialmente o fim da recuperação judicial, reconhecendo o cumprimento do plano. A partir daí, o parque pôde deixar de olhar apenas para trás e voltar a falar de futuro. 

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Um plano para voltar ao topo 

O novo ciclo é impulsionado pela controladora Brooklyn International Group, que assumiu o parque em 2018 e já aportou mais de R$ 100 milhões até agora.  

O bloco seguinte de investimentos deve levar brinquedos comprados de fornecedores da China, EUA e Europa, com as primeiras novidades surgindo em 2026. 

As metas são ousadas: 

  • 3 milhões de visitantes até 2028/2029 
  • R$ 500 milhões de faturamento no mesmo período 

Como comparação: 

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  • Em 2024, o parque recebeu 1,3 milhão de visitantes e faturou R$ 210 milhões 
  • Em 2025, a expectativa é de até 1,5 milhão de visitantes, com ticket médio de R$ 165 

Shopping a céu aberto e hotelaria: o parque quer virar destino completo 

A reinvenção não se limita a novas atrações mecânicas. O plano prevê transformar o parque em um complexo de entretenimento e turismo, com múltiplas fontes de receita. 

Shopping a céu aberto 

Inspirado no The Grove, em Los Angeles, e no CityWalk, da Disney, o Hopi Hari quer criar um boulevard externo com lojas, gastronomia e entretenimento. 

O estudo de viabilidade começa agora, com previsão de 2 a 3 anos de desenvolvimento. 

Hotéis e apartamentos 

A expansão imobiliária deve acontecer sobre o estacionamento e terrenos próximos. Para isso, o parque depende de mudanças no plano diretor de Vinhedo, que atualmente limita a altura das construções. 

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Segundo Vasconcellos, “se queremos crescer mais rápido, precisamos trazer gente de outras regiões. E isso exige hospedagem.” 

Um mercado mais competitivo pela frente 

A ambição do Hopi Hari coincide com a chegada de novos concorrentes. O mais barulhento deles é o Cacau Park, megacomplexo temático da Cacau Show previsto para 2027, em Itu, também no interior paulista. 

Ainda assim, a localização estratégica do Hopi Hari, entre os principais aeroportos paulistas e próximo a uma região com cerca de 30 milhões de habitantes, é vista internamente como vantagem competitiva decisiva para sustentar o novo ciclo. 

*Com informações da Bloomberg Línea 

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Jornalista com especialização em Gestão de Mídias Digitais. Atua como repórter nos portais de notícias Money Times e Seu Dinheiro.
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