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Estratégia de preços e vendas da Ambev corre risco com incertezas sobre 2021

08 dez 2020, 17:42 - atualizado em 08 dez 2020, 17:42
Ambev ABEV3
Para o BB Investimentos, uma retomada mais lenta da economia pode prejudicar a estratégia de preço e volumes de vendas da empresa nos próximos trimestres (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

A ação da Ambev (ABEV3) tem se beneficiado das notícias positivas sobre a criação de uma vacina para a Covid-19, o que levou a um fluxo recorde de estrangeiros na B3 (B3SA3) em novembro.

O papel da cervejaria seguiu o Ibovespa e terminou novembro com performance de 14,8%, superando o desempenho de outros nomes do universo de alimentos e bebidas, como a M. Dias Branco (MDIA3), que não teve valorização, e até algumas empresas frigoríficas – Marfrig (MRFG3), com alta de 6,6%, e Minerva (BEEF3), de 3,2%.

Na opinião do BB Investimentos, dois fatores podem impactar positivamente a ação da Ambev no curto prazo: a expectativa para o aumento na demanda por cervejas com a reabertura de bares e restaurantes, o que contribuirá para a recuperação gradual de vendas da Ambev, e a atratividade do papel. O BB Investimentos destacou que a companhia tem se mostrado resiliente frente às adversidades, mesmo em períodos de maior cautela por parte dos investidores.

No entanto, os fundamentos para o próximo ano continuam incertos.

“Uma retomada mais lenta da economia, com impacto no nível de emprego e renda, bem como um ambiente mais competitivo na indústria podem prejudicar a estratégia de preço e volumes de vendas da empresa nos próximos trimestres”, avaliou a analista Luciana Carvalho, no relatório setorial de Alimentos e Bebidas do BB Investimentos para dezembro.

Lançamento

A Ambev lançou nesta terça-feira sua primeira marca regional de cerveja no Centro-Oeste. Batizada de Esmera, a bebida é feita à base de mandioca e será produzida e comercializada em Goiás.

Essa é a quinta cerveja regional da Ambev, que registrou um crescimento anual de dois dígitos nas vendas dessas cervejas no terceiro trimestre deste ano. De acordo com a Guide Investimentos, o movimento é positivo.

“As marcas tiveram crescimento de dois dígitos no último trimestre comparado ao terceiro trimestre de 2019. A nova marca, Esmera, não deve ser diferente, com potencial para alavancar grande valor à companhia”, disse a corretora.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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