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Etanol: Moagem deve ser alta em 2024, mas preço deve atrair produção de açúcar, com expectativa para recorde na safra 24/25

03 jan 2024, 10:11 - atualizado em 03 jan 2024, 10:11
açúcar etanol
Na visão do Cepea, o petróleo mais barato e o dólar menos estável, podem contribuir para uma safra ainda mais voltada ao açúcar (Imagem: Unsplash/@joshwithers)

Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), diferentes consultorias nacionais estimam que a região Centro-Sul do Brasil pode moer mais de 600 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na temporada 2024/25 (que inicia-se oficialmente em abril/2024). Com isso, as usinas devem destinar maior quantidade de cana para a produção de açúcar.

Essa prospecção se baseia nos preços relativos do adoçante e do etanol – os cálculos do centro mostram que, em alguns momentos de 2023, o açúcar negociado no spot do estado de São Paulo chegou a remunerar 100% mais que o etanol.

Os pesquisadores do Cepea reforçam que, todas as dificuldades pelas quais o setor sucroenegético brasileiro vêm passando, especialmente no que diz respeito à baixa remuneração do etanol, não têm impedido iniciativas dos agentes produtivos a desenvolverem projetos e/ou implementá-los para assegurar a viabilidade de permanecer produzindo biocombustíveis.

Do governo, o setor espera alguma sinalização visando assegurar um aumento de demanda de biocombustíveis e a viabilidade de permanência da produção de etanol – uma possibilidade factível seria passar para 30% o uso do biocombustível na mistura com gasolina A, ao invés dos 27% atuais. Isso se torna importante, especialmente no momento em que a oferta de etanol de milho passa a ser representativa no mercado.

Produção de açúcar na safra 2023/2024

Para o Cepea, a produção de açúcar pode aumentar na próxima safra (2024/25) na região Centro-Sul do Brasil e superar, inclusive, o recorde da atual temporada 2023/2024. Estimativas do setor indicam que a produção do adoçante pode atingir 43 milhões de toneladas em 2024/25.

Segundo os pesquisadores, o maior volume deve vir do mix mais açucareiro – estima-se que mais de 50% da cana seja destinada à fabricação de açúcar.

Alguns fatores no campo macroeconômico, como petróleo mais barato e dólar menos estável, podem contribuir para uma safra mais açucareira, à medida que tendem a reduzir os valores da gasolina nos postos e diminuir a competitividade do etanol frente ao combustível fóssil.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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