Mercados

EUA: CPI pavimenta aperto mais ‘light’, mas Fed continua querendo juros acima de 5%

12 jan 2023, 13:03 - atualizado em 12 jan 2023, 13:03
Eua, Consumo
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,1% em dezembro, fazendo a inflação dos EUA encerrar 2022 em 6,5% (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

Mesmo que dentro do consenso, a leitura da inflação dos EUA gera reação volátil nesta primeira metade do pregão em Nova York.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por volta das 12h45, o Dow Jones subia 0,34%, o S&P 500 ganhava 0,07% e o Nasdaq recuava 0,91%, alterando o curso positivo em relação à pré-abertura.

A reação cambaleante dos mercados acionários vem à reboque da fala do presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Patrick T. Harker, que, ao comentar sobre a inflação, ratificou a projeção de juros terminais acima de 5%. Segundo ele, “os juros precisam estar cima de 5%, mas não muito acima deste nível”.

O comentário de Harker toca em um ponto sensível aos investidores — a realidade de juros altos por uma maior duração como caminho necessário para a convergência da meta inflacionária.

A possibilidade de juros mais altos, por mais tempo, corrigiu para cima a expectativa de rendimentos dos títulos da dívida pública dos EUA (Treasury notes), promovendo uma queda dos preços para os títulos disponíveis.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por volta das 12h30, as T-notes de 10 anos (longo prazo) rendiam 3,531%, de 3,541% na véspera; já as T-bills de 2 anos (curto prazo) tinham rendimentos de 4,169%, de 4,2280% da véspera.

O índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de moedas fortes, apresenta queda de 0,22%, aos 102,68 pontos.

CPI de dezembro é sinal verde para aumento de 0,25 ponto percentual em fevereiro

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,1% em dezembro, fazendo a inflação dos EUA encerrar 2022 em 6,5%. O núcleo da inflação, por sua vez, que desconta itens voláteis como alimentos e energia, veio levemente abaixo do esperado, aos 5,7%.

Como põe a Capital Economics, a leitura foi ajudada por uma queda de 9,4% do preço da gasolina e um aumento de 0,3%, mais modesto, de alimentos. A instituição considera ainda como um leve “desvio” a vinda de um aumento de 0,8% nos aluguéis, contrapondo a perspectiva de redução dos preços de novos inquilinos. Ainda assim, a previsão é que tais medidas comecem a desacelerar em breve.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Renato Cohen, analista e co-fundador da Escola de Investimentos, avalia que “a expectativa agora é de que o Fed suba juros em 25 pontos-base nas duas próximas reuniões, o que é bem visto pelo mercado.”

De fato, a alta de 0,25 ponto percentual na próxima reunião, o que elevaria o juros básico dos EUA para a faixa de 4,50-4,75%, é dada praticamente como certa pelas instituições financeiras depositárias do Fed Funds.

As apostas cravam 93% de chances para que o cenário mais moderado ocorra no dia 1 de fevereiro, dia da decisão da autoridade.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
jorge.fofano@moneytimes.com.br
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar