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EUA ‘mantêm’ vendidas MRFG3 (mais ainda) e JBSS3, mas Itaú BBA vai de neutra na 1ª e manda comprar a 2ª

07 fev 2023, 15:29 - atualizado em 07 fev 2023, 18:02
JBS
JBS pressionada pelo boi e pelas aves nos EUA, mas segue recomendada pelo Itaú BBA (Imagem: LinkedIn/JBS)

Os ventos contrários do mercado dos Estados Unidos estão movendo as expectativas da Marfrig (MRFG3) e da JBS (JBSS3), punidas seguidamente na B3 (B3SA3).

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Ainda assim, o conjunto da obra faz com que o Itaú BBA recomende a “compra” das ações da segunda.

Para o grupo controlado por Marcos Molina, o mais castigado pelo investidor, a recomendação é “neutra”, com algum desconto conservador.

Depois de nova rodada de baixa na segunda, com o papel da Marfrig perdendo quase três vezes o revés do da JBS, a terça (7) estende as perdas, mais ajustadas sobre a véspera. Às 15h30, estão em 3,76%, R$ 6,92, e 1,20%, R$ 18,89, respectivamente.

A avaliação de Gustavo Troyano não mudou em relação ao relatório da semana passada – e está em linha com a traçada pelo Santander (SANB11) -, com a novidade de que os resultados fracos da Tyson Foods nos EUA, no último trimestre, divulgados ontem, sustentam as preocupações com o desempenho dos dois concorrentes brasileiros.

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O ciclo do gado mais curto afeta os frigoríficos, com a diferença de que enquanto a Marfrig é pressionada pela concentração nessa única proteína, pela subsidiária National Beef, a JBS USA também vai enfrentar margens mais estreitas porque o excesso de frango deverá fazer compressão nos preços. Caso idêntico ao ocorrido com o Tyson.

Os spreads das duas companhias já deverão acusar no próximo balanço, com o boi mais caro de ser comprado e com a carne de frango mais barato na venda.

“2023 vai ser pior que em 2022 e 2024 vai ser pior que em 2023”, avisa Troyano em relação especificamente sobre o boi, ao passo que sobre as aves ele enxerga uma possibilidade de reversão mais rápida, dado que o ciclo de produção é de três meses.

O que alimenta potencial melhor para a JBS, num grau de resiliência maior por conta dessa mesma diversificação de portfólio

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Há o componente econômico em jogo, mesmo que o consumo de alimentos não necessite de crédito, lembra o analista do Itaú BBA. O nível de emprego mostrou aquecimento em janeiro, de 517 mil novas vagas, o que acende a expectativa de que o ciclo de 0,25 pp de alta de juros possa ser quebrado pelo Federal Reserve (Fed), ao temer por uma nova onda inflação de demanda.

O que move as recomendações mais conservadoras para os papéis dos dois players, e em meio a um período mais complicado dos EUA, principal mercado nas operações dos grupos – 50% do Ebitda da Marfrig e 60% do da JBS -, é o conjunto de fundamentos.

Para a JBS, Gustavo Troyano destaca o “balanços sólidos e dívida líquida controlada”, além do ponto lincado à sua diversificação produtiva e geográfica.

Para a Marfrig, é que o papel caiu bastante em 12 meses e o “enterprise value está bem comprimido”, embora se espere uma alta da alavancagem nos próximos meses.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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